“Sem lenço, sem documento. Nada no bolso ou nas mãos. Eu quero seguir vivendo, amor. Eu vou”. Há 50 anos, o cantor e compositor baiano Caetano Veloso cantava as seguintes frases poéticas e políticas de sua composição Alegria, Alegria. Junto com Os Mutantes, Gilberto Gil, Nara Leão, Gal Costa eTom Zé criou a Tropicália, movimento “pop” da década de 1960 que desejava romper o que vigorava musicalmente no Brasil. Inspirada por este movimento e num ato político, a banda Música de Quinta, grupo cênico-musical-performático, apresenta seu mais novo show no dia 21 de setembro, a partir das 20h, na Casa d’A Outra (Rua Politeama de Cima – Politeama).

“Vivemos momentos ‘sombrios’. Tal como em 1968. Assim como o Tropicalismo, que foi um movimento político e estético, queremos questionar e tensionar a arte e a política brasileira nesse momento da nossa história”, explica Roquildes Júnior, cantor e diretor musical da Música de Quinta, ao acrescentar que estão no repertório Alegria Alegria, Bat Macumba, Baby, Tropicália, Panis et circenses, entre outras do famoso disco Tropicália. O repertório terá composições contemporâneas que se aproximam deste movimento musical, como Um Só, dos Tribalistas.