O cantador ELOMAR está de volta! Dois anos depois de lotar o Teatro Castro Alves, ele retorna para mais uma apresentação, desta vez na companhia dos velhos amigos tropeiros: Fábio Paes, Carlos Pitta e Roze. Acompanhados do violão de João Imburana, o maestro João Omar, os companheiros de longas datas fazem uma participação especial e celebram os 80 anos de vida do menestrel e os seus 50 anos de carreira. A apresentação será no dia 27 de julho, às 20 horas, na Sala Principal do TCA. Os ingressos têm preços variados, que vão de R$ 45,00 a R$ 150,00, e estão à venda na bilheteria do teatro, no SAC dos shoppings Barra e Bela Vista, e na plataforma on line Ingresso Rápido. Este espetáculo é uma realização da Trevo Produções e da Gabiroba Cultural.

Um encontro de velhos amigos no pouso da Bahia, tendo como anfitrião o tropeiro Elomar. Passados quase 50 anos do primeiro encontro, que aconteceu na década de 70, Fábio Paes, Carlos Pitta e Roze sobem ao palco para reverenciar o menestrel. Especialmente convidados para este concerto e acompanhados do violão do maestro João Omar, os amigos fazem parte da geração das primeiras entradas da música de Elomar no mundo da gravação. Unidos pela força da cultura do sertão - Elomar do “Sertão de Dentro” e eles do “Sertão Beira-Mar”, os amigos tropeiros se reúnem no palco do TCA pararelembrar canções e cantar histórias.

O nome do concerto - “Rancharia com Elomar e velhos amigos tropeiros”, foi escolhido pelo próprio Elomar. Rancharia é o ponto de encontro de velhos amigos que andam na estrada do mundo, que cruzam caminhos, passam um pelo outro, mas tem um ponto certo, um pouso para trocar ideias, encontrar e contar as novidades. É na Rancharia que esquentam fogo, aquecem a voz com uns goles de pinga, batem papo e conversam sobre a vida.

No repertório, pérolas garimpadas e buriladas desde as Barrancas do Rio Gavião, passando pela Serra da Carantonha, as planícies sinfônicas da Lagoa dos Patos, até chegar na Serra da Tromba, “lá onde Maneca chorô”, no velho pouso da Casa dos Carneiros. Elomar e os velhos amigos tropeiros irão brindar o público da Bahia com belíssimas imagens do “Sertão Profundo de Elomar” (aquele lugar vaporoso, que se desmancha toda vez que se alcança) e um pouco da poética desse "desertão" nordestino cujas raízes remontam a antigas tradições ibéricas e árabes.

Para Elomar, rever e cantar com os velhos amigos tropeiros é de uma alegria imensa. Mesmo seguindo trilhas diferentes, os amigos se identificam na canção e na cantoria. Roze conta que conheceu Elomar em Salvador, em 1973, por ocasião do lançamento de seu primeiro disco, "Das Barrancas do Rio Gavião", no Teatro Vila Velha. “Fiquei encantada com ele e o seu trabalho, tive a oportunidade de me aproximar de Elomar através do amigo Fábio Paes”. Este diz estar ansioso para reencontrar Elomar, seu compositor e intérprete preferido, de coração e de alma.

Para Pitta o encontro com Elomar foi e é norteado de muita emoção: “estar com Elomar foi estar ao lado de um grande mestre, um mestre da canção brasileira, um mestre da grande poesia do Brasil, e um mestre com um trabalho extremamente criativo, forte e voltado para as origens minhas, que são as origens do Sertão”.

Este concerto comemorativo, que homenageia o Menestrel pelos seus 80 anos de vida e 50 de carreira, revive um marco importante da nossa história, conhecendo e compreendendo a relevância dos tropeiros, como valorização e perpetuação da nossa cultura brasileira. O tropeirismo, temática que norteia a obra de Elomar, está no seu cancioneiro, nas óperas, na sua música orquestral sinfônica, nos romances de cavalaria, nas poesias, nos roteiros para cinema e peças de teatro. Assim, o tropeirismo salta das páginas da “história morta”, sai da ficção para o palco da Bahia na figura destes velhos amigos tropeiros: Carlos Pitta, Fabio Paes e Roze.