A programação dos “11 anos de NEOJIBA: Concertos de Aniversário” marca mais um ano de atividades dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia. O concerto reúne diversas formações musicais encampadas pelo programa NEOJIBA.

Os integrantes do Núcleo Cordas Dedilhadas abrem a noite com um repertório brasileiro, com composições de Chico Buarque (João e Maria), Novos Baianos (Um Bilhete pra Didi), Pixinguinha (Urubu Malandro), João Bosco (Kid Cavaquinho) e João Donato (A Rã).

Em seguida, a Orquestra Castro Alves (OCA), sob a regência de Marcos Rangel, apresenta obras como Marcha Eslava, de Tchaikovsky, e Conga del Fuego Nuevo, de Arturo Márquez, entre outras. O destaque da apresentação da OCA é Gonzageando, do pernambucano Maestro Duda. A música é executada pela orquestra juntamente com jovens líderes dos núcleos, que representam todos os integrantes do programa NEOJIBA.

A Orquestra Juvenil da Bahia e os coros Infantil e Juvenil dão sequência à apresentação. Juntos, os grupos executam a pouco conhecida Mandu-Çarará, de Heitor Villa-Lobos, sob a regência do maestro Eduardo Torres, diretor musical do programa NEOJIBA. A cantata profana foi baseada em uma lenda indígena da região do Rio Solimões e conjuga polifonias e onomatopeias, além de elementos rítmicos nacionais. Na lenda, um índio abandona os filhos na floresta para que a menina se case com Mandu-Çarará, o deus da dança. No entanto, as crianças erram o caminho e encontram o Curupira, uma entidade das matas com pés virados para trás, que quer devorá-las. As crianças conseguem enganá-la e fugir até encontrar o Mandu-Çarará.

A primeira noite de comemorações se encerra com a Sinfonia nº 5, de Tchaikovsky, interpretada pela Orquestra Juvenil da Bahia, sob a regência do maestro venezuelano Eduardo Salazar. A obra, composta no final do século XIX, possui quatro movimentos e se tornou uma das mais populares do compositor russo.