Paradeiro de Afeto com Carlos Barros e Gabriel Barros | | | | Sexta-feira 05 Abril 2019, 20:00 |
| Acessos : 132 | |
| O palco é um espaço de canções que exaltam o afeto e a liberdade e é o tema do Show “Paradeiro de Afeto”, do intérpreteCarlos Barros, que estreia dia 05 de abril de 2019, às 20 horas, no Teatro Sesi Rio Vermelho, em Salvador. A timbragem criativa da guitarra de Gabriel Barros executa e arranja as peças cantadas no espetáculo, montado para defender que nos momentos de crise, a busca pelo lírico e afetuoso tem uma força política notável e conta com as participações especiais de Nelson Pena e Seu Vérciah, uma parceria Hessel Produções, Siri Produções e Teatro SESI Rio Vermelho / FIEB e conta com o apoio de Comida de Varanda.
O afeto e a liberdade como expressões de vida.
As canções como expressão de afeto.
As canções como forma de exercício de liberdade.
Costurando o roteiro aparecem muitas músicas em que o poético se entrelaça com o político, como na referência de Pai e Mãe e Amarra o teu arado a uma estrela, ambas de Gilberto Gil, que discutem gênero e classe num grau de maturidade que antevia – já nos anos setenta – os debates contemporâneos sobre as temáticas. A lenda de Pégaso de Moraes Moreira e Jorge Mautner voa junta ao Pombo Correio do mesmo Moraes em parceria com Dodô e Osmar, anunciando a libertação das dores descritas por Caetano e Torquato Neto em Mamãe Coragem. Se a estrada é perigosa em Enquanto seu lobo não vem (Caetano Veloso), o Tiro de Misericórdia de João Bosco e Aldir Blanc é citado na interpretação de Aos nossos filhos(Ivan Lins / Vitor Martins), lembrando que um dia, apesar das dores, as flores brotam lírica e livremente.
Belchior traz as reflexões acerca dos vazios da vida urbana, questionando o ordinário da vida em Paralelas, bem como napoesia de Adriana Calcanhotto, que remexe a validade de regras esvaziadas em Senhas. De Gonzaguinha, o show trazLindo lago do amor, cuja mensagem lúdica reclama a necessária infância em cada um de nós.
Os poetas brasileiros do rock dos anos oitenta trazem ventos que, hoje – trinta anos depois dessa década –, parecem ter sido soprados na noite de ontem. Pro dia nascer feliz (Cazuza / Frejat), Creio (Lulu Santos), Quase um segundo (Herbert Vianna) se somam ao Paradeiro de Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Carlinhos Brown, dando o tom de chamado à liberdade através do amor.
A Bahia como espaço de negritude - e o carnaval - são sínteses de nossa força e capacidade de superar as adversidades e, nesse espetáculo, a beleza de Eu sou o carnaval (Moraes Moreira / Antônio Risério), Beverly Hills (Luiz Caldas / Durval Caldas), Preciso (Maragreth Menezes), Aláfya (Jota Velloso / Ulisses Castro), emolduram esse aspecto de afeto trazido como mote do espetáculo.
O tema cinematográfico Ó pai ó (Caetano Veloso/ Davi Moraes) encerra a narrativa salientando que a música pode ser instrumento de reflexão profunda no sentir a existência.
O Paradeiro de Afeto de Carlos Barros e Gabriel Barros é também uma interface entre voz e guitarra que dialogam buscando uma língua própria construída na esteira de tantos encontros na história da música brasileira entre esses dois instrumentos.
Vamos sentir essa parada outonal.
Que o afeto nos tome! | | Valor R$ 20 Participações especiais de Nelson Pena e Seu Vérciah. O afeto e a liberdade como expressões de vida. As canções como expressão de afeto. As canções como forma de exercício de liberdade.
| Localização Teatro do SESI Rio Vermelho Rua Borges Reis, 09. Rio Vermelho Brasil/Bahia/Salvador |
Voltar
|