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Rock Concha 2014 - Pitty, CPM 22 e Canto dos Malditos
Domingo 24 Agosto 2014, 21:00

Acessos : 510

 Pitty: O novo trabalho de Pitty possui claramente uma carga emotiva bem forte, desde a primeira canção, Pouco (… sigo tentando sair do fundo, nado, não quero morrer…) e passando por todas as outras nove emblemáticas músicas de Sete Vidas. Esta atmosfera mais soturna do álbum também é consequência do processo de gravação do mesmo, já que o álbum foi gravado ao vivo, com os quatro músicos (Pitty, Duda, Martim e o novato Guilherme) em estúdio, tocando simultaneamente, proporcionando uma vibe bem mais crua que o normal. Além disto, as faixas passaram também pelas mãos do cultuado Tim Palmer, cara que simplesmente já trabalhou com o U2. A mixagem feita por ele, que segundo Pitty serviu para dar um toque elegante ao processo, conseguiu produzir um clima ‘rock pesado de adulto’ bem mais visível que os anteriores trabalhos dela.

CPM22: Numa tarde qualquer de maio, toca o telefone e me dizem que o Badauí quer falar comigo. Ok, já vou. O que será que ele quer comigo? Eu me lembro bem das primeiras vezes em que nos falamos. Colocaram a gente pra tocar juntos numa banda formada pra se apresentar em uma premiação da MTV. Naquele momento eu era a celebridade, e o CPM 22, a novidade. Sempre gostei de estar entre a garotada que tá chegando. O sangue novo me dá a sensação de que rock brasileiro tá saudável. E no caso deles, tendo uma raiz parecida com a minha, o punk, o relacionamento foi fácil e natural. Mas, embora tivéssemos várias bandas em comum nos nossos iPods, a maior influência do som deles vinha de uma geração que eu só viria a conhecer mais tarde. A árvore genealógica do rock é imensa e cheia de ramificações, mas o punk rock parece, às vezes, ser uma planta em separado. E assim, eu, que achava que conhecia tudo, fui apresentado ao hardcore melódico.
Beleza, agora voltando ao telefonema do Badauí... o cara queria que eu participasse do acústico do CPM 22. Jura? É claro, maior prazer. Onde e quando? Os ensaios são de tal a tal dia e as gravações em junho. Certo, vamos lá. Chego ao primeiro ensaio e encontro além do Badauí, Japinha, Luciano e Heitor, o Phil da banda Dead Fish e o incrivelmente versátil, Ganjaman. O clima era relaxado. Todos muito calmos. Se não me engano, o Badauí tava descalço, o Lu bebendo alguma coisa e o Japinha encostado na parede atrás da batera.
Ganja trocando ideias de arranjos com Paul, o produtor do disco. O Heitor, um músico que sempre achei um fenômeno à parte, tava tirando alguma coisa ao lado de um baixo acústico maior que ele. O único que eu não conhecia era o Phil, que logo justificou sua presença ali; além de exímio guitarrista, é sangue bom, fácil de se gostar. E então, finalmente, faço contato com o Acústico do CPM 22. Assisto a uns cinco, talvez seis ensaios.
Tá na cara que aqueles caras não eram mais os mesmos moleques que tinha conhecido uns dez anos atrás. Todos, sem exceção, tinham passado de músicos amadores viscerais a artistas igualmente intensos, mas agora com a precisão que profissionais só têm depois de anos na estrada. Os ensaios fazem da banda uma máquina mais azeitada ainda, e agora, é só esperar pelo show e pela gravação.
Numa noite fria de junho, enquanto o país estava sendo surpreendido por manifestações, nos encontramos todos num estúdio, meio longe de tudo e de todos, perto da Granja Viana. O cenário estava montado. A platéia fielmente no seu lugar. As luzes e os instrumentos afinados. E o CPM 22, calmo como se nada houvesse. E eis que tudo começa. Acredito que o propósito, ou talvez a virtude maior dos acústicos, é trazer as canções à tona sem maquiagem. Ali, sem nenhum efeito. Sem distorção, muitos pedais ou overdubs. Tudo tem que ser resolvido com violão e voz.
A noite abre com “Não Sei Viver Sem Ter Você”. E o que chama a atenção logo de cara, é a facilidade com a qual o Badauí está cantando. Alcançando notas com precisão e sem esforço. Aliás, quase todos na banda fazendo vocais. Muito bacana. É um prenuncio do que vem pela frente: lindas melodias que saltam aos ouvidos. Todos os presentes se sentem compelidos a cantar junto, e o fazem, do começo ao final da gravação. Na seqüência, “Desconfio”, “O Chão que Ela Pisa” e a primeira inédita, “Tony Galano”. Nessa, o Phil faz um solo de cair o queixo. Simples, direto ao ponto e efetivo. Nesse ponto, entra o trio de metais: Fernando Bastos, Paulinho Viveiro e Tiquinho. Rola “Vida Ou Morte”, ska na veia. Mais uma melodia irresistível. A platéia vem abaixo.
O CPM 22 começou como uma banda independente e seu primeiro disco é lançado assim, sozinho. A seguinte é desse disco, “A Alguns Quilômetros de Lugar Nenhum”, e se chama “Vai Mudar?”. O Luciano também tá tocando muito bem. Seguro e certeiro como no arpejo da próxima, “Irreversível”. E assim vamos indo noite adentro, um single após o outro, uma carreira inteira em uma noite. Algumas, como “Tarde De Outubro”, já parecem hinos, já fazem parte do meu subconsciente. Sei quase todas as letras mesmo sem nunca ter decorado-as.
E então rola uma que não conheço. Música nova. Mais uma grande melodia, candidata séria a ser mais uma na sua já extensa coleção de singles. Prestem atenção nela, seu nome é “Perdas”. A apresentação segue com “Nossa música” e “O Mundo dá Voltas”, meio country com Japinha tocando muito. Maquininha. E como se não bastasse, ainda cantando o show inteiro. E a noite continua, “Um Minuto Para o Fim Do Mundo” (da qual eu participo), “CPM22”, “A Cura” e “1000 Motivos”.
E para fechar, despedida com chave de ouro, deixando a sensação que o tempo passou voando, a noite é encerrada com a impagável “Regina Let's Go!”. São escolhidas 18 músicas de todos os 6 discos produzidos ao longo de 13 anos de carreira profissional, além de 4 inéditas. É o registro de uma noite inspirada e avassaladora de uma grande banda.

Canto dos Malditos: Formada em 2003, a banda de rock baiana Canto dos Malditos na Terra do Nunca é conhecida pelo som de guitarras pesadas e letras poéticas, compostas e cantadas pela grave voz de sua vocalista, Andréa Martins. O grupo permaneceu initerruptamente na ativa até 2007, período em que conquistou destaque no cenário nacional com seu homônimo disco de estreia, lançado em 2006 pela Warner Music. Além de ter tocado em importantes festivais brasileiros, como o Festival de Verão de Salvador, Claro que É Rock e Abril Pro Rock, a banda dividiu palco com atrações internacionais como Placebo e Simple Plan, e ainda nomes como Ira! e Nando Reis, cujo DVD Luau MTV contou com a participação de Andréa. De volta aos palcos desde 2012, a banda segue circulando pela Bahia, lotando as casas de shows.

 

Valor Não Informado

Com cantora Pitty, as bandas CPM 22 e Canto dos Malditos.

Localização  Bahia Café Hall
Av. Luís Viana Filho, s/n
Brasil/Bahia/Salvador
41770-000
(71) 3371-0664

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