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As razões do ódio. O Fundamentalismo. Por Sérgio Guerra
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Sex, 06 de Maio de 2016 00:58

Sergio_Guerra2O Fundamentalismo Religioso se sustenta basicamente na idéia de que existe um só deus, criador e senhor do mundo e de tudo que nele existe, uma só verdade absoluta e só um caminho para a Salvação, uma só vida e, portanto, uma só religião possível.

Este é o princípio do judaísmo, que deu origem ao cristianismo e juntos deram origem ao islamismo, as 3 grandes religiões abrâmicas, originárias do pensamento e vida de Abraão, o pai das multidões e do povo eleito.

Em nosso caso, nosso modelo de homem e cultura tem origem na civilização  ocidental, cristã, branca, européia e capitalista/burguesa, mesmo que, para tanto, seja preciso esquecer o Egito/África e a Ásia/Oriente Médio, onde viveram os fenícios, mesopotâmicos, sírios e judeus, nossos parentes mais próximos, antes da Grécia e Roma que dominaram a Europa, cuja expansão rumo ao Oeste, conquistou e criou Portugal/Espanha e nossa América Latina.

Estava a pensar assim, na origem deste texto, quando me vi nas discussões do Plano Estadual de Educação, o nosso PEE-Ba, na Assembléia Legislativa da Bahia, ALBA, onde enfrentaria os inimigos fundamentalistas da “ideologia do gênero”, antes tendo visto as feministas, com a sua bela banda “As Meninas do Grêlo Duro”,  em defesa da presidenta e contra o golpe, a cantar no Rio Vermelho:

“Eu beijo homem,

Beijo mulher,

Eu beijo tudo

o que eu quiser...”.

A esta manifestação livre de luta pelo direito a liberdade de buscar a felicidade, conforme define a Declaração dos Direitos Humanos, resultante de um longo processo civilizatório que a humanidade vem desenvolvendo, pelo menos nos últimos 500 anos, se contrapõe, tanto ao preconceito e os ordenamentos míticos que vem sendo cultivado pelos filhos do atraso e arautos do preconceito, quanto à defesa de instituições modelares e a-históricas congeladas no tempo e no espaço, assim expressas:

“Mulher com mulher,

vira jacaré!

Homem com homem,

vira lobisomem!”“.

Tais polarizações revelam, por um lado, a necessidade de continuidade da luta contra o preconceito construído historicamente por meio de uma mitologia que resiste ao progresso e busca sua permanência a partir de mentiras e falas de apoio as falsas polarizações entre um mal absoluto, traduzido no novo que insiste em nascer, apesar daqueles que “amam o passado e não vêem que o futuro sempre vem”. Assim, vale o grito de guerra desta brava juventude, que insiste em reafirmar:

“A nossa luta

é todo dia,

contra o machismo

e a homofobia!”.

Por outro lado, continuam entrincheirados no passado de mitos e elementos abstratos, sem bases nem nenhumas preocupações lógicas ou científicas, mas em palavras milenares que tentam retratar situações que continuam mudando, em ritmos cada vez mais acelerados, na medida em que novos equipamentos sociais permitem trocas de conteúdos e informações cada vez mais intensas e rápidas, fazendo com que as algaravias dos pastores e arautos de falsas verdades eternas, sejam cada vez mais anacrônicos e perdidos no tempo e no espaço, para quem só resta gritar, monocordicamente:

“Respeite

os nossos filhos,

a escola

não é prá isso!”

E prá que serve mesmo a escola? Se não para animar o diálogo, provocar situações de convivências de diferentes pessoas de variadas culturas e hábitos de vida, em que o exercício do respeito ao próximo, seja uma constante, pois, afinal, existe um direito maior e mais importante que é à vida e a livre busca de felicidade que independe dos vários fatores, como cor, etnia, idade, nacionalidade, religião e orientação sexual, conforme estabelece o maior documento da humanidade, a Declaração dos Direitos do Homem.

Assim, teremos superado uma das “Razões do Ódio” sempre crescente na medida em que o desenvolvimento humano vive, constantemente, a superar os falsos argumentos e os repetitivos discursos que tentam, pela altura e ênfase, se tornar verdades absolutas, proclamadas a milhares de anos e imutáveis, ainda funcionando apenas nos grotões perdidos do atraso e da ignorância, daqueles que abdicam do conhecimento científico em favor da permanência de mitos, como lobisomens que a história de muito vem reduzindo ao campo das superstições e lendas.

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