O começo desta campanha eleitoral revela um tipo de discurso pelos 2 contendores, mais facilmente identificados e finalistas nas disputas presidenciais, desde 1989 que pode ser resumido, rapidamente, como a tentativa de polarização entre PSDB X PT, e seus satélites.

Leia-se, basicamente, DEM e PPS, para o primeiro e PCdoB, PDT, e PSB, estes 2 últimos, eventual e parcialmente, para o segundo.

Enquanto, isto fica um “centrão”, de direita, mas envergonhada e plural, do qual o PMDB é o exemplo mais tradicional, pois sempre esteve no governo e na oposição, sempre esperando uma brecha para assumir o governo em qualquer eventualidade, como já aconteceu com Tancredo e sua morte/ascensão de Sarney, na cassação de Collor, com seu vice Itamar, dissidente e “filho pródigo” e, agora de novo, com Temer, na queda de Dilma.

Como as eleições municipais, ora são “pulverizadas” ou “paroquiais”, e o discurso, normalmente, usado pelos governantes é o de “tome obra”, do qual o mote “Foi Maluf que fez” é o modelo, ora sofrem a influência nacional, com o que os “lulopetistas”, falam de suas realizações como parte de um “novo projeto de sociedade” e cobram a continuidade ou adoção desta política.

Deste modo, estas eleições de Salvador, nosso tema básico, destas breves considerações, já se delineiam como Alice, candidata do “bloco das esquerdas”, lulopetistas, leia-se PCdoB, PSB e PT, mais os agregados, tacham o Neto, como “golpista desde 64”, quando o avô foi o grande beneficiário da ditadura, econômica e politicamente, além de seus aliados, os Vieira Lima, do PMDB, e o sumido Jutahy Magalhães, do PSDB, que vem desde os “revolucionários” de 1930/1964.

Obviamente, com os devidos e quase obrigatórios recursos ao Tribunal Regional eleitoral que já começou a censurar as manifestas rotulações, proibindo já a utilização da identificação de “golpista”, além das lembranças de “corrupção”, por superfaturamento das obras “cosméticas” da Orla de Salvador, levantadas pela desprezada e dissidente vice-prefeita que acusou o Neto.

Assim, estas “curtas e pobres eleições” prometem!

Sérgio Guerra.

OBS: Por onde andam aqueles carregadores de cartazes que diziam: “CUNHA ME REPRESENTA!”.

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Licenciado, Mestre e Doutor em História
Professor Adjunto da UNEB,.DCH1 Salvador.
Conselheiro Estadual de Educação - BA.
Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.

Presidente do Instituto Ze Olivio  IZO

Cronista do site "Memorias do Bar Quintal do Raso da Catarina".

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