Domingueiras CCCLXI. Por Sérgio Guerra

Salvador, 03 de May de 2024

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Seg, 20 de Dezembro de 2021 00:09

Sergio_Guerra2 Fica cada vez mais explicita a posição “negacionista” do governo Bolsonero, na medida em que se se coloca sempre contra quaisquer medidas que vise proteger a nossa população, e assim evitar um

número maior de contaminações e mortes, pela COVID19, e agora pela gripe H3N2 que se apresenta como um novo perigo para a saúde dos brasileiros, especialmente da população negra (preta?), periférica e pobre, objetivamente as vítimas maiores destas calamidades, por razões óbvias de ordens econômicas, sociais e agora, neste momento, infelizmente, graças ao (graças ao seu (des?) governo, também políticas.

Deste modo, apenas desta maneira se entende os seguidos adiamentos, e até proibições, das ações preventivas e profiláticas, farmacológicas ou sociais, que o (des) governo tem praticado, sempre que pode até a undécima hora, tanto pela protelação das decisões dos órgãos oficiais de análise e liberação, que atrasam suas ações até que haja uma clara e decisiva intervenção das autoridades judiciais, que apesar de sua clássica e crônica morosidade, tem sido obrigada a sair de sua lerdeza e exigir o cumprimento de medidas já adotadas por parte significativa das grandes potências mundiais, após decisões técnicas de organismos internacionais, a começar pela Organização Mundial da Saúde, OMS, e tantas outras.

Assim, basta lembrar a morosidade da ANVISA no caso da tão necessária liberação para o uso das vacinas contra a COVID19, enquanto centenas de milhares de brasileiros, a esta altura mais de 600, morriam, tornando o Brasil, o 2º país com o maior número de mortos, em todo o mundo, só perdendo e, mesmo assim, estando próximo dos EUA, que é o recordista disparado, graças ao “negacionismo” de Trump e a cultura individualista e religiosa da maioria de sua população, o que provoca que, exatamente hoje, domingo, Nova York quebrou o seu recorde de mortes desde o início da pandemia.

Enfim, no Brasil, o governo Bolsonero já reconhecidamente genocida, coloca como seu alvo preferencial, neste momento, as crianças entre 5 e 12 anos, que apesar de ampla recomendação de várias agencias internacionais e o uso já consagrado por centenas de países de todo o mundo, de vacinas contra a COVID19, continua a protelar a sua liberação, contida e parada nas mãos do seu (s)ministro da saúde, para o imediato início de atendimento desta clientela. Assim, só os resta aguardar este trágico, e infelizmente já previsível, trágico desenlace.

19/12/2021.

Sérgio Guerra.