Domingueiras CDVIII. Os desafios de Lula. Por Sérgio Guerra |
Seg, 12 de Dezembro de 2022 05:22 |
Costuma-se dizer que a eleição seguinte começa, imediatamente, ao sair o resultado da presente, e às vezes, até mesmo antes do seu resultado final, como parece ser o caso do momento atual do Brasil. Ainda mais que Lula ao afirmar que não será candidato à reeleição (será?) já deflagrou o seu processo sucessório, tendo Haddad como candidato natural, dentro do Partido dos Trabalhadores, PT, enquanto a recém aliada e mulher, Simone Tebet já se apresenta, acintosamente, como pretendente a sucessora, ainda que tenha vindo com mínimos 4% de votos no I Turno. Louve-se a esperteza de Simone que inteligente, oportunista e rapidamente, transformou seus poucos votos em um grande capital político ao se aproximar rapidamente de Lula, ainda que se colocando como “independente”, porém marcadamente, “anti-bolsonarista”, porque “anti-golpista”. Diferentemente de Ciro Gomes que, apesar de ter tido pouco menos votos que ela, 3,04%, por estreiteza, orgulho e vaidade política, sumiu do processo eleitoral, caindo no limbo como os outros menos votados que deverão sumir, rapidamente, da história eleitoral do Brasil. Neste momento de montagem do novo ministério de Lula, Simone Tebet se constitui em uma grande incógnita, pois são aceitará qualquer cargo de menor expressão, visto que sua evidente pretensão presidencial lhe impõe uma posição de relevo entre os grandes ministros, o que vale dizer de muita amplitude social, dinheiro, evidência política e visibilidade, que lhe facilite a construção do caminho eleitoral, o que não parece interessante para o PT, que, obviamente, tem seus próprios objetivos, que passam por uma candidatura da “frente ampla”, restrita, no momento, a Alckmin, no máximo, se escapar de seu próprio partido. Enfim, a próxima campanha eleitoral já começou, e já conta com estes fortes candidatos apontados, sem contar que o ex-presidente em exercício, cujo nome nem não escrevo para não lhe dar prestígio, muito provavelmente, tão logo, acabe de curar o seu “processo de ressaca depressiva erisipélica pós derrota eleitoral” , voltará ao cenário eleitoral, e se mostrará disposto a disputar uma nova eleição presidencial, salvo alguns impedimentos de ordem pessoal, pois não esqueçamos que ainda neste recente II Turno, ele obteve algo próximo dos 50% dos votos válidos, mesmo disputando com Lula. O que ainda é muita coisa! Sérgio Guerra
Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB. DCH1 Salvador. Cronista do site "Memórias do Bar Quintal do Raso da Catarina".
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