Um fato é inquestionável: Bolsonaro saiu do governo, fugiu do Brasil, porém, semanalmente, não sai das mídias, principalmente, das suas páginas policiais.

A notícia do momento é a tentativa de contrabandear, o termo correto é este, joias, pretensamente doadas, na ausência, a ex-primeira-dama, por uma autoridade da Arábia Saudita, que teria vindo, trazida por um ex-ministro, de forma camuflada dentro de uma imagem de um cavalo e apreendida por um agente da aduana, que resistiu, brava e rigorosamente, as diversas tentativas de ser “desembaraçada” por encarregados da presidência. 

Impressiona, sobremaneira, a capacidade da família ex-presidencial, além do próprio, em criar confusões, por meio de ações más intencionadas, conseguindo transformar simples atos administrativas, em problemas de justiça, por meio de manobras suspeitas, para se dizer o mínimo. Vejamos este caso, por exemplo: se foi um presente das autoridades sauditas a primeira-dama, ou a Presidência da República, qual é o problema de se cumprir os protocolos definidos, previamente, diga-se de passagem, para dar ingresso ao Brasil?

Neste caso, a pergunta que se faz é porque não se cumpriu os protocolos estabelecidos e se tentou usar “artifícios”, mais próximos das contravenções? Este fato, decisiva e radicalmente, barrado, pelo zeloso, honesto e corajoso, fiscal da aduana, revela mais uma maneira, no mínimo, suspeito, vale a repetição em função da ênfase necessária, indica, mais uma vez, o hábito pouco salutar, republicano e democrático, do ex-presidente & famiglia, de sempre tentar “dar um jeitinho” diferenciado de fazer as coisas mais simples. 

Enfim, revela-se neste episódio, mais uma vez, a maneira do ex-presidente, & famiglia, de agir sempre de uma maneira fora do habitual, claro que está para sempre levar uma “vantagem”, independentemente do que seja. Desta forma, a prática familiar de tentar um jeito “diferenciado” de realizar as mais triviais ações, continua a ser a ser exercida, pelo ex-presidente & famiglia, independentemente de ocupar cargos de relevância, ou não. Esta é uma “cultura fami(g?)liar” dos Bolsonaro, ao que parece bastante consolidada.

Sérgio Guerra.

05/03/2023.

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