O espetáculo O Pássaro do Sol poderá ser conferido gratuitamente neste sábado, 31 de janeiro, às 15 horas, no Cine-Teatro Solar Boa Vista (Engenho Velho de Brotas). A apresentação abre publicamente a 2ª edição do MADEIRA VIVA, projeto de manutenção das atividades da companhia baiana de animação de bonecos A RODA, contemplada pelo Edital de Apoio a Grupos e Coletivos Culturais da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), financiado pelo Fundo de Cultura (FCBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz). A proposta visa a promover a pesquisa, o intercâmbio com artistas e ainda oferecer à comunidade de Salvador oficinas e apresentações gratuitas do repertório do grupo.

Vencedor do Prêmio Braskem Teatro de 2010 (Melhor Espetáculo Infantojuvenil), O Pássaro do Sol tem texto adaptado da mitologia indígena brasileira pela escritora Myriam Fraga, narrando a história de um jovem que é transformado em pássaro para ir ao céu roubar as chamas do palácio do sol. A encenação utiliza o teatro de sombras, antigo gênero de animação que tem na China uma das mais antigas tradições. As silhuetas são recortadas em couro pela artista plástica Olga Gómez, que também é responsável pela direção e adaptação do texto. No palco, sobre a tela de projeção, os atores-animadores Bernardo Oliveira, Naiara Gramacho, Ana Luiza Reis e Elinaldo Nascimento movimentam personagens e cenários. A direção de cenas e narração é de Osvaldo Rosa; a direção musical, de Uibitu Smetak; e a produção, de Marcus Sampaio.

O projeto MADEIRA VIVA apoiará as atividades da companhia A RODA por dois anos e guarda uma série de surpresas, ações de formação, intercâmbios, dentre outras atividades culturais que serão confirmadas no transcorrer dos próximos meses. A parceria artística com a escritora e poeta Myriam Fraga, iniciada desde 2006, deve gerar novos frutos, desta vez a partir de uma nova pesquisa de linguagem que pretende utilizar fantoches, técnica de animação de bonecos de luva que são também conhecidos como mamulengos no Nordeste.

Para Olga Gómez, o Edital de Apoio a Grupos e Coletivos representa decisivo aprimoramento técnico e fortalecimento profissional para a companhia e seus colaboradores, pois permite que o trabalho aconteça de forma continuada e em todos os níveis, do processo inicial de concepção, criação e construção dos bonecos, passando pela pesquisa de manipulação, até o oferecimento do resultado artístico ao público. “Trata-se de um projeto de fundamental importância para viabilizar a existência, continuação e efetivo trabalho dos núcleos de teatro locais”, comenta a encenadora.