Cheia de humor, ousadia e irreverência, a montagem investiga a essência do povo soteropolitano. Dessa relação de amor e ódio que muita gente tem com a metrópole, o artista percorre diversas situações cotidianas que formam um grande painel de hábitos, costumes e traços comportamentais bem peculiares à cultura baiana. Em “Quem Souber Morre!”, que entra em cartaz em Vilas do Atlântico (a partir do dia 04 de julho) Ricardo Castro explora toda a sua verve cômica, sem contudo esvaziar o caráter poético e filosófico do espetáculo. A peça abre temporada no Teatro Joaquim Nery (Colégio Sartre COC), aos sábados e domingos, sempre às 20h.
A capital que tanto lhe intriga acaba batizando sua personagem. E a emprega como professor: Professor Salvador, que abraça como ofício o ensino de Redação.
- O tema deste ano é: “Salvador, do Pau Brasil ao Pau de Selfie” – debocha a personagem.
Esquetes de outras peças de sua autoria também entram no enredo, enriquecendo a atmosfera: “Banho de Sol”, “Quixeramobim Blues”, “Carnal” e “Sexo, Drogas e Axé Music”, são alguns desses textos. As histórias se afinam bem com a narrativa pela forma como dialogam com o universo de contradições da trama central. A ironia desses enlaces traz à tona o exercício do “rir de si mesmo”, faz com que o espectador se reconheça e crie muita empatia com o trabalho.
Do poeta Gregório de Mattos ao antropólogo Antônio Risério, o intérprete expõe uma série de ideias, conceitos e passagens autobiográficas - que extrapolam o caráter pessoal e ganham contornos mais universais. Nesse vasto campo de nuances e referências, é possível ainda se encontrar com a ousadia de Glauber Rocha, a visão de mundo de Gilberto Gil, a sinuosidade de Dorival Caymmi e a sabedoria de muitos outros mestres que romperam fronteiras com a sua arte.
Ricardo Castro caminha por esses planos e camadas de interpretação com a maturidade de quem construiu, nos mais de 15 anos de sucesso da peça “1,99”, o lastro do seu teatro mais que essencial. Por esse motivo, texto, direção, iluminação, sonoplastia, figurinos e ambientação são assinadas por ele. Façanha possível e já comprovada ao longo dos seus 28 anos de carreira. Elementos de sua dramaturgia, marcante e cheia de identidade.
Ficha Técnica:
Ator: Ricardo Castro
Texto: Ricardo Castro
Sonoplatia, luz, figurino, trilha sonora: Ricardo Castro
Produtora Executiva: Fernanda Anjos
Assessoria de Imprensa: Arlon Souza
Realização: Ricardo Castro e Marlucia Sie Produções |