O espetáculo encara o absurdo dos atritos e conflitos que surgem entre os seres humanos em sua eterna disputa por território. Na peça, situações tragicômicas oscilam entre as cenas de guerra e paz, amor, ódio, união e inveja, e culminam surpreendentemente em uma grande explosão florida em clima libertação total. Um desfecho esfuziante, no qual é revelado o lema do Jardim: uma ode à "agricultura celeste".

Brincado com a fase histórica do movimento hippie, a peça aborda manifestações que ganharam força nessa época e influenciaram os rumos do mundo como o pacifismo, ambientalismo, orientalismo e o movimento "Flower Power" (Poder das Flores).

Na perspectiva do universo feminino, as palhaças Bafuda e Ricota evidenciam as luzes e as sombras do ser humano que surgem quando se está em relação com o outro. Evidenciando os afetos como temática essencial, o espetáculo convida a cultivar um novo coração.

O espetáculo foi criado em 2003, e em 2005 foi contemplado com o prêmio duplo de melhor atriz para Felícia Castro e Flávia Marco Antônio no XII Festival Nordestino de Teatro (Ceará). Jardim já passou por diversas cidades brasileiras, participando de festivais como o palco giratório (Ceará), Feverestival (São Paulo), Festival Latino Americano de Teatro da Bahia (FILTE) e a mostra Sesc Cariri de Cultura (Ceará).