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Os Gigantes da Montanha
Domingo 13 Setembro 2015, 18:00

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A fábula "Os Gigantes da Montanha" narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e, por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais.

Crítica: "Com o espetáculo Os Gigantes da Montanha fica mais uma vez provado

que a química teatral de Galpão + Gabriel Villela alcança resultados mágicos de imaginação e beleza." (trecho da crítica publicada por Barbara Heliodora, no Jornal O Globo)

Premiações: "Melhores do ano 2013": Melhor estreia teatral de 2013, segundo o Guia da Folha de São Paulo. "Prêmio Questão de Crítica 2013": Direção Musical e Trilha Sonora Original. "Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas 2014": Maior Público e Melhor Figurino.

Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova ousadia: levar para a rua o verso erudito de Luigi Pirandello. Autor conhecido por seus questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica, conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um instigante desafio para o Galpão.

Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia concluído "Os Gigantes da Montanha", que possui apenas dois atos. Em leito de morte, o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas leituras e interpretações.

O texto "Os Gigantes da Montanha" foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita", começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila, representando apenas para si mesmos a "A Fábula do Filho Trocado". Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público.

A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena.

"Os Gigantes da Montanha" traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem e floresçam.

>>PIRANDELLO

Nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Pirandello considerava a atividade teatral menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas estão "Henrique IV" e "Seis Personagens à Procura de Um Autor", que abordam a natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, em sua obra, a tradição elisabetana da "peça dentro da peça" e temas referentes aos bastidores da maquinaria cênica. Em 1936, o autor morre vítima de uma forte pneumonia.

>>MÚSICA

Gabriel Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o teatro popular de rua.

Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções italianas, popular e moderna. "Ciao Amore", "Bella Ciao" e outras músicas ganham novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de "Os Gigantes da Montanha".

Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que trabalha a partir da técnica de espacialização vocal.

>>CENÁRIO E FIGURINO

A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del'Arte e circo- teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. "Os Gigantes da Montanha" convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo.

Construído por madeira feita de demolição, o cenário de "Os Gigantes da Montanha" traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula. Coloridos e brilhantes, concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de "Romeu e Julieta" reaparecem e ganham nova função em "Os Gigantes da Montanha", com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Gabriel e sua equipe também se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del'Arte e fabricadas pelo artista natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao mesmo tempo, sombrio.

>>FICHA TÉCNICA

ELENCO

Antonio Edson - Cromo

Arildo de Barros - Conde

Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo 101

Eduardo Moreira - Cotrone

Inês Peixoto / Jimena Castiglioni /Fernanda Vianna - Condessa Ilse

Júlio Maciel – Spizzi / Soldado

Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo

Lydia Del Picchia - Mara-Mara

Paulo André - Batalha

Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena

Simone Ordones - A Sgriccia

Teuda Bara – Sonâmbula

EQUIPE DE CRIAÇÃO

Direção: Gabriel Villela

Texto: Luigi Pirandello

Tradução: Beti Rabetti

Dramaturgia: Eduardo Moreira e Gabriel Villela

Assistência de direção: Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro

Assistência e Planejamento de ensaios: Lydia Del Picchia

Antropologia da Voz, direção e análise do texto: Francesca Della Monica

Direção, arranjos, composição e preparação musical: Ernani Maletta

Preparação vocal e texto: Babaya

Iluminação: Chico Pelúcio e Wladimir Medeiros

Figurino: Gabriel Villela, Shicó do Mamulengo e José Rosa

Coordenação Artística do Ateliê Arte e Magia: José Rosa

Cenografia: Gabriel Villela, Helvécio Izabel e Amanda Gomes

Assistência de Cenário: Amanda Gomes

Pintura do cenário: Daniel Ducato e Shicó do Mamulengo

Adereços: Shicó do Mamulengo

Bordados: Giovanna Vilela

Costureiras: Taires Scatolin e Idaléia Dias

Luthier: Carlos Del Picchia

Fotos: Guto Muniz

Registro e cobertura audiovisual: Alicate

Design sonoro: Vinícius Alves

Programação Visual: Dib Carneiro Neto, Jussara Guedes, Suely Andreazzi

Tratamento de Imagens do Programa: Alexandre Godinho e Maurício Braga

Logo do espetáculo: Carlinhos Müller

Direção de Produção: Gilma Oliveira

 

Valor Grátis

A 21ª montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992) e “A Rua da Amargura” (1994).

Localização  Jardim dos Namorados - Pituba
Avenida Otávio Mangabeira, s/n. Pituba
Brasil/Bahia/Salvador

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