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Historias Iluminadas é uma compilação de histórias e canções que desenvolve o tema da morte a partir de uma perspectiva celebrativa. Se apropriando do teatro de objetos e da música, três atrizes desmistificam o aspecto exclusivamente sombrio e aterrador da morte, apresentando cenas curtas que aguçam um imaginário de poesia e reflexão sobre existência.

Sinopse

No espetáculo Historias Iluminadas as artistas se apropriam de contos e canções biográficas e de diferentes partes do mundo utilizando o Teatro de Objetos para criar atmosferas, pequenos ambientes e composições imagéticas. As narrativas que fazem parte deste espetáculo são contadas, cantadas e encenadas por três mulheres e tratam a morte como um acontecimento renovador e ritualístico e nos possibilitam repensar sobre os seus significados na cultura ocidental. São cinco pequenos contos tecidos por músicas da cultura popular brasileira e autorais. Da cultura Iorubá vem a história das Yamis, as mulheres feiticeiras e guardiãs dos mistérios dos mundos; do povo Inuit no Canadá o encontro amoroso renovador em A mulher-esqueleto; do México, a mãe que perde seus filhos e canta um eterno lamento em La Llorona; da região Amazônica o casal apaixonado de macuxis que se transformam na rara planta chamada Tamba-Tajá, e por ultimo a história biográfica intitulada João e a estrelinha. Trata-se de uma encenação destinada a pessoas de todas as idades.

Proposta de Encenação por Heyder Moura

Este trabalho artístico parte de estudos sobre as relações da Morte e o Morrer na cultura ocidental moderna e as possíveis ressignificações desse contexto, a partir da inserção de perspectivas diversas que a apresentam como um acontecimento natural e repleto de significados poéticos. Em Histórias Iluminadas foram eleitos alguns eixos referenciais para construção da poética de encenação e primeiro deles sem dúvida, é a importância das mulheres como mediadoras no processo de saberes dos antepassados. São elas as responsáveis pela vida e a morte, em culturas ancestrais é possível verificar o seu significativo papel em diversas sociedades ao que diz respeito a memória e oralidade por meio de histórias e canções, bem como a sua importância nos processos de ritualização de morte e do morto. Além disso, o uso da iluminação de velas, permite sobressair o contraste luz e sombra, ausência e presença de luz. A vela simbolicamente representa também a vida que está sendo consumida. A chama que alumia a escuridão; presença em todos os ritos que celebram momentos de passagem. Cada cena é independente, e busca-se criar um espaço intimista e confidencial, em que as artistas possam estar mais próximas do expectador. Histórias Iluminadas é um espetáculo que pode ser apresentado em diversos formatos de caixa e em espaços alternativos, contemplando um público de até cinquenta pessoas por sessão.

Breve Histórico do Espetáculo

O espetáculo Histórias Iluminadas é resultado do processo colaborativo das atrizes com o diretor Heyder Moura, que desde 2008 vem desenvolvendo pesquisas ligadas a poética da morte. A primeira mostra experimento do espetáculo ocorreu na Varieté do Estúdio Sereia, no Rio Vermelho em outubro de 2014, onde ocorriam os ensaios. O espetáculo estreou no Lalá em maio de 2015 e seguiu em temporada em agosto na Casa 14 - Anexo do Theatro XVIII Pelourinho, integrando a programação do projeto Noites Iluminadas - uma reunião artistas de teatro, música e arte plásticas que trabalham com abordagens fantásticas em suas obras.

Ficha Técnica

Direção, encenação e Organização do Texto: Heyder Moura

Elenco: Liz Novais, Mô Maiê e Pesérfone Viola

Figurino: Luiza Potiraguá

Adereços de Cabeça: Alessandra Santiago

Iluminação: Heyder Moura

Direção Musical: Liz Noais e Mo Maiê

Fotografia: Diney Araújo

Produção: Moiras Realizações Artísticas

Desing: Ki. Anda