Criança viada ou de como me disseram que eu era gay | | | | Quinta-feira 28 Junho 2018, 19:00 |
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| Com texto do próprio ator e direção de Paula Lice, o espetáculo tem como tema o preconceito fruto da homofobia e suas implicações na vida de uma pessoa LGBT desde a infância até a vida adulta. Criança viada ou de como me disseram que eu era gay lança mão do gênero documental para falar sobre o isolamento que se impõe às crianças e adolescentes que não se enquadram nos padrões de comportamento heteronormativos. Através de situações cotidianas propõe-se uma reflexão sobre a homofobia velada e já naturalizada nas nossas relações. “A gente precisa falar sobre isso e fazer uma revisão de nossos hábitos para não continuar criando gerações de crianças solitárias, confusas, com sensação de isolamento e falta de lugar no mundo”, reflete.
A motivação para montar Criança viada ou de como me disseram que era gay surgiu logo após o ator revelar aos pais, familiares e amigos sua sexualidade. “Depois de conversar com eles, disse para ficarem à vontade para perguntar o que quisessem”, lembra. Foram questões, muitas vezes tão distantes da realidade, que ele viu nelas combustível para a peça. “Resolvi fazer um espetáculo em que eu pudesse mostrar com minha história que ser gay é mais natural e simples do que parece”, pontua.
Paula Lice, que também assina a dramaturgia, conta que decidiu junto com Vinicius seguir o caminho do teatro documental e do biodrama. “Quando ele me mostrou todo o material que tinha coletado, achei que poderíamos ir por aí”, conta. “Acredito que para falar sobre um tema tão complexo como sexualidade é fundamental arriscar um mergulho em sua própria experiência nua e crua. Enfrentar esse tema através das estratégias do biodrama é estreitar laços entre o público e a cena”, aponta.
Arte e educação
Um dos diferenciais de Criança viada ou de como me disseram que eu era gay é o seu formato “portátil”. “A gente criou um espetáculo mais simples em sua estrutura para que fosse possível levá-lo a espaços não convencionais ampliando o alcance de público”, explica Vinicius. Entre os desejos da dupla está a vontade de levar a discussão sobre a LGBTfobia nas diferentes fases da vida para os mais diversos espaços de educação como universidades, escolas e centros de pesquisa, por exemplo.
Ficha Técnica:
Texto e atuação: Vinicius Bustani Direção e dramaturgia: Paula Lice Direção de arte: Lia Cunha e Tiago Ribeiro Direção musical: Heitor Dantas Desenho de Luz: Larissa Lacerda
Produção: Tais Bichara Assessoria de Comunicação: Daniel Silveira
| Contato 71 99283-3708 | Valor R$ 30 (inteira)/ R$ 15 (meia) Criança viada ou de como me disseram que eu era gay lança mão do gênero documental para falar sobre o isolamento que se impõe às crianças e adolescentes que não se enquadram nos padrões de comportamento heteronormativos. | Localização Teatro Molière - Vitória Av de Setembro - Ladeira da Barra, 401 Brasil/Bahia/Salvador |
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