Através do projeto VILAVOX ANO XIII, o Grupo Vilavox realiza um evento que mistura a memória do grupo e seu futuro em perspectiva. Num mesmo dia, 23 de julho (quarta-feira), das 14 às 22 horas, no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha, lança DVDs dos seus espetáculos e uma revista sobre teatro e espaço público, além de fazer um seminário que vai colaborar na pesquisa do grupo para a montagem de seu próximo espetáculo. O projeto tem apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Bahia (SecultBA), através do Edital Setorial de Teatro, financiado pelo Fundo de Cultura (FCBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Trilhas do Vila (2012), Almanaque da Lua (2003), Primeiro de Abril (2004), Canteiros de Rosa (2006), Labirintos (2008) e O Segredo da Arca de Trancoso (2012) são as seis montagens que compõem o box de DVDs do Vilavox. Numa edição que mistura partes de apresentações distintas de cada peça e acaba por mostrá-las na íntegra, os DVDs, legendados e com extras como depoimentos dos diretores, fotos e textos, proporcionam o acesso, em vídeo, a quem não teve oportunidade de assistir aos espetáculos quando da sua montagem. O material, além de corroborar o apreço do grupo pela sua memória, oferece material com conteúdo que pode interessar estudantes e estudiosos do teatro, em especial, do teatro de grupo.
Já a Revista Vox da Cena, em sua segunda edição, traz textos de artistas de diferentes regiões do Brasil, com artigos que versam sobre o espaço público, a rua e os espaços alternativos como lugar da cena teatral. Tema muito caro para o grupo, que desde a montagem de Labirintos (2008) iniciou sua experimentação na utilização do espaço aberto, pode render boas discussões e provocar nossos criadores a extrapolarem suas zonas de conforto e trazerem o teatro também para a rua, para os espaços públicos, para a cidade. Entre os articulistas, estão Paulo Flores, da Tribo de Atuatores Ói Nóiz Aqui Traveiz (Porto Alegre); Renata Lemes, da Cia. do Miolo (São Paulo); e Romualdo Lisboa e Marcelo Souza Brito, ambos baianos, do Teatro Popular de Ilhéus e do Coletivo Cruéis Tentadores, respectivamente.
Por fim, o seminário Dos Ávilas aos Magalhães vai levar estudiosos da história da Bahia para falar sobre o tema e debater entre si, abrindo a discussão também com o público presente. Esta ação vai colaborar com os estudos do grupo para montagem de O Castelo da Torre (nome provisório), que trata do poder familiar na história da Bahia e deverá ser estreado no final de 2015. |