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Jango: Uma Tragedya
Quinta-feira 21 Agosto 2014, 20:00

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Personagem emblemático da história da política brasileira, João Goulart, que caiu nas graças do povo como Jango, foi eleito em 1956 vice-presidente, superando em votos o próprio Juscelino Kubitschek, que assumia a presidência àquela época.  Foi novamente vice-presidente, dessa vez de Jânio Quadros, período em que o país sofreu a primeira tentativa de golpe, com a renúncia de Jânio (enquanto João Goulart fazia visita diplomática à China) e a compulsória mudança para o sistema parlamentarista. Jango governou o país entre 1961 e 1964, quando teve o mandato cassado pelos militares e permaneceu exilado até a morte.  Esses e outros entraves, fatos e desdobramentos são incorporados por Glauber Rocha na peça JANGO: UMA TRAGEDYA, que estreia em 31 de julho e segue em cartaz até 31 de agosto, de quinta a sábado, 20h, e domingo, 19h, no Teatro Vila Velha.

A escolha de JANGO: UMA TRAGEDYA para celebrar os 50 anos do Teatro Vila Velha não é à toa. Inaugurado quatro meses após o Golpe Militar, em 1964, o local se tornou um espaço de reação ao regime totalitário da época, onde abrigaram-se artistas, intelectuais, movimentos sociais e estudantes. Por esse motivo, sediou o julgamento da anistia política de Glauber Rocha, em 2010, momento em que o Estado brasileiro pediu desculpas e indenizou a família pela censura e perseguição criminosa ao artista. O encenador Marcio Meirelles vê no espetáculo um diálogo ainda muito contundente e atual. O diretor recebeu autorização de Dona Lúcia, mãe de Glauber, em 2007. E acredita estar concretizando a peça no momento certo.

“Eu tou com o texto desde 1987, mas cada coisa tem seu tempo. Quando a gente tava pensando o que fazer para celebrar os 50 anos do Vila, o texto de Glauber caiu como uma luva, porque são 50 anos do Vila, 50 anos do Golpe, 75 de Glauber, 50 anos do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, que marca a interseção do teatro com Glauber”, comenta Meirelles.

A relação se estabeleceu nos anos 1960, quando o ator Othon Bastos, então integrante da Companhia Teatro dos Novos, protagonizou o clássico “Deus e o Diabo na Terra do Sol”. Na época, o artista integrava a Companhia Teatro dos Novos, grupo fundador do Vila. Diz-se, inclusive, que, depois de assistir a uma leitura dramática da companhia e impressionado com a estética do dramaturgo Bertolt Brecht, Glauber modificou radicalmente o roteiro e a direção do filme. E, conseqüentemente, a forma de fazer cinema, agora com fortes influências do teatro, sobretudo no estilo de interpretação.

As ideias de João Goulart confundem-se com o pensamento do próprio Glauber, que conheceu Jango em 1972, durante o seu exílio, e com quem compartilhava uma admiração recíproca.

“A morte de Jango foi um golpe muito forte para o Glauber. Quando voltou do exílio, Glauber tinha um projeto político, estético para o Brasil, e o Jango estava nesse devir político, estético de um novo país”, recorda a cineasta Paula Gaitán, viúva de Glauber.

Montagem inédita na Bahia

Em 37 anos, esta é a segunda montagem do texto - a primeira data de 1996, no Rio de Janeiro, pelo diretor Luiz Carlos Maciel.

Na peça, João Goulart encontra-se com grandes personagens dos campos político, artístico, econômico e intelectual, dos anos 1960 e 1970, colocando em questão o poder em suas diferentes manifestações. No entanto, é sobre o Brasil que Glauber Rocha fala. Diversos olhares são confrontados a partir de encontros com personagens como Carmem Miranda, Miguel Arraes, Leonel Brizola e Francisco Julião.

JANGO: UMA TRAGEDYA reúne as linguagens da dança, música e teatro. A direção musical e trilha sonora, assinadas por Ronei Jorge e João Meirelles, e a coreografia, de Cristina Castro, exploram os ritmos do bolero, tango, frevo, rock e samba, mistura indicada no texto pelo próprio Glauber Rocha. Os figurinos e cenários se compõem de elementos aparentemente díspares, ao reunir referências do futebol, do universo feminino e dos diversos enquadramentos culturais, políticos e sociais.

Bios

Marcio Meirelles iniciou a carreira teatral em 1972, em Salvador. Foi fundador do grupo Avelãz y Avestruz (l976-1989) e do espaço cultural A Fábrica (1982), dirigido por ele. Foi diretor de um dos maiores centros culturais do Brasil – o Teatro Castro Alves, em Salvador, entre 1987 e 1991. Contemplado com importantes prêmios em suas áreas de atuação, fez estágio na Circle Repertory Company (Nova York) e realizou oficinas e espetáculos na Europa e na África. Em 1990 criou, com Chica Carelli, o Bando de Teatro Olodum, que dirige até  hoje. Em 1994, coordenou o projeto de reforma e revitalização do Teatro Vila Velha, do qual é diretor artístico. Foi homenageado pelo Troféu Copene de Teatro pelo conjunto de seu trabalho, em 1999; indicado ao Prêmio Shell, no Rio, pela encenação de “Candaces – a reconstrução do Fogo”, em 2003; Entre 2007 e 2010, foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia. Em 2013, criou a universidade LIVRE de teatro vila velha, programa de formação em artes cênicas. Anualmente, o artista realiza oficinas e assina montagens em países da África e Europa.

Cristina Castro é coreógrafa e professora de dança contemporânea. Diplomada pela Universidade Federal da Bahia no curso de Licenciatura em Dança. Membro do CID - Concelho Internacional da Dança - UNESCO. Membro do colegiado de programação e Gestão do Teatro Vila Velha (Salvador-BA) desde 1998. Premiada pela UNESCO, ministério da Cultura, FUNARTE, Secretaria do Estado da Bahia e Secretaria de Educação e Cultura de Salvador. Fundadora e diretora geral do Núcleo Viladança, onde desenvolve há 16 anos projetos de criação, formação e difusão da dança. Fundadora, diretora e curadora do VIVADANÇA Festival Internacional. Fundadora e diretora dos projetos EIC - Encontro de Investigação Coreográfica, Improvilação - Jam Session no Vila, e Programa Infanto-Juvenil de formação para as artes. Convidada pela Fundación Carolina e Embaixada da Espanha para participar do Primer Programa Sociedad Civil de Brasil, para desenvolvimento de intercâmbios com sociedade civil e instituições culturais espanholas.

Obs: Aos domingos o espetáculo começa ás 19h.

Contato  (71) 3083 4610

Valor Array

Anistiado no mesmo palco em 2010 o cineasta baiano é autor de “JANGO”, único texto do artista para teatro, que narra o exílio do ex-presidente João Goulart após o Golpe Militar.

Localização  Teatro Vila Velha - Campo Grande
Av. Sete de Setembro, s/n Passeio Público - Campo Grande
Brasil/Bahia/Salvador
40080-005
(71) 99208-2655
http://https://www.teatrovilavelha.com.br/

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