Depois de estrear em curtíssima temporada e com sessões lotadas dentro do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (Fiac) nos meses de outubro e novembro, o espetáculo LOVE reestreia no dia 29 de novembro, às 20h no Teatro Sesi Rio Vermelho e segue em temporada até 21 de dezembro, sempre aos sábados e domingos, às 20h, com ingressos a R$30 (inteira) e R$ 15 (meia). O espetáculo tem patrocínio do FazCultura e realização da Avatim.

Este é o primeiro monólogo da atriz Cyria Coentro e tem direção de Jackson Costa. O roteiro é de Cyria Coentro, Elisa Lucinda e Jackson Costa, e apresenta o resultado de uma pesquisa que Cyria fez ao longo de dez anos, com o objetivo de montar um espetáculo sobre o amor. A atriz explica que “os poemas escolhidos tinham que obedecer a um critério bastante subjetivo de teatralidade, estipulado pela ?minha visualização, ou não, de como dizê-lo no palco. Em posse dessa pesquisa de duzentas poesias e, com mais alguns poemas sugeridos por Elisa Lucinda, nós três montamos o roteiro, pensando em construir um discurso amoroso, onde não houvesse necessidade de nenhum verbo de ligação, nenhuma palavra de esclarecimento”.

LOVE é um monólogo que revela, através de poemas de diversos autores, as inúmeras situações envolvendo sentimentos e emoções vividas pelo ser humano nas suas relações amorosas. É o amor quem conduz a personagem pelo labirinto das relações, tendo como suporte, capaz de abrir janelas e portas, a palavra poética. A palavra em forma de poesia falada – e não declamada – é o lastro de LOVE. Nesse sentido, o espetáculo é uma declaração de amor ao teatro na sua essência, à atriz e à palavra.

Os poemas que integram o roteiro do espetáculo são de poetas consagrados como Maiakovisk, Mário Quintana e Boudelaire, Castro Alves, dentre outros, e reflete sobre o que há de mais universal e humano: o Amor. A montagem conta com trilha sonora de Luciano Salvador Bahia, preparação vocal de Hebe Alves, iluminação de João Sanches, cenário e figurinos de Rino Carvalho, preparação corporal de Jorge D'Santos e consultoria de movimento de Rita Brandi.

A professora doutora de teoria da literatura, criação literária e literatura dramática do Instituto de Letras da UFBA, Antônia Torreão Herrera, esteve presente no ensaio aberto do espetáculo e comentou sobre a seleção dos poemas para a elaboração do roteiro. “A escolha de poemas que dizem do êxtase amoroso romântico de encanto e poesia em Adormecida de Castro Alves (a imagem romântica da amada adormecida foi reconstituída cenicamente com a palavra poética e o corpo da atriz, de modo plástico e melódico) ao choque do lirismo impactante, desconstrutor e irônico de Baudelaire, em As metamorfoses do Vampiro, mediante a figuração da volúpia, amor-sexo, dialogando com a morte, até o poema de amor no sentido mais amplo, combativo e humanitário de Maiakovski, segue uma linha de seleção de poemas que compõem um enredo amoroso que sustenta um espetáculo rico, emocionante e profundo em sua simplicidade”, explica a especialista.

“A personagem, vivida por Cyria Coentro, é uma mulher universal. Ela retrata a trajetória de todo ser humano que na convivência amorosa, busca o amor pleno. Ela é cada um da plateia que passará, está passando e ou já passou por tudo que ela passa em cena”, revela Jackson Costa.

?As razões para contemplar o espetáculo são infinitas, mas Cyria Coentro apresenta algumas, “Love apresenta a experiência latente do amor vivenciado em suas regiões luminosas e obscuras, em suas dores e delícias. Esse espetáculo é uma elegia.”.

A atriz, cantora, jornalista e poetisa, Elisa Lucinda que também assina o roteiro explica que “nesse espetáculo pude contribuir muito com os caminhos da linguagem poética posta em cena. Os poetas traduzem a alma humana eis o advento da escrita. A poesia é a mãe do teatro, por isso, usá-la como texto, como tecido para que o amor, esse velho e novo sentimento do mundo, seja protagonista na cena, foi uma ideia brilhante dessa baiana danada que nos reuniu a sua volta, todos aqui servos e parceiros do seu sonho”, destaca.

O DIRETOR – JACKSON COSTA

Jackson Costa é natural de Itabuna onde começou a fazer teatro no dia 8 de fevereiro de 1984, em uma praça pública, sob a direção do ator e diretor Cachoeirano e Glauberiano, Mário Gusmão.

Atuou em diversas peças, telenovelas, cinema, e tem como lastro na sua profissão, a palavra. É com o poema, a forma mais alta da palavra, segundo o talentoso poeta baiano Ruy espinheira Filho, que Jackson expressa o que vê, o que sente, o que vislumbra... Falando poemas em teatros, praças públicas, trios elétricos, asilos, bares, igrejas e nos lugares mais inusitados, passou a ser chamado por muitos de poeta. "Ser poeta não é uma ambição minha, é a minha maneira de estar sozinho. Gosto do pessoa na pessoa, da rosa no Rosa e sei que a poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade".

É um dos atores-fundadores do grupo Los Catedrásticos, que durante 20 anos encenou o espetáculo Recital da Novíssima Poesia Baiana. Integrou o elenco de Vixe-Maria, Deus e o Diabo na Bahia; A Hora e Vez de Augusto Matraga, dentre outros. Ainda em 1991, ingressou na TV Globo, na qual já atuou em seis telenovelas, cinco minisséries e alguns casos especiais. No cinema, atuou em Jenipapo, O Dono do Mar, Bella Dona, Revoada e Estranhos. Idealizador do projeto A Coisa, no qual interpreta poemas com o auxílio de uma banda de música.  Atualmente apresenta o programa sobre cultura e educação, Aprovado, na Rede Bahia.

A ATRIZ – CYRIA COENTRO

Atriz desde 1988 cursou interpretação na UFBA, já atuou em mais de vinte espetáculos teatrais, já tendo trabalhado com grandes diretores como Bia Lessa e José Celso Martinez Correia. É uma das atrizes-fundadoras do grupo Los Catedrásticos, que durante 20 anos encenou o espetáculo Recital da Novíssima Poesia Baiana. Sua trajetória na TV inclui oito novelas além de diversos seriados e minisséries. No cinema integrou o elenco de cinco longas, tendo os últimos sido lançados no ano de 2013, que são: Gonzaga de Pai pra Filho, de Breno Silveira, e O Tempo e o Vento do Jayme Monjardim. Foi a interprete da personagem Bibiana na novela Flor do Caribe no ano de 2013, e integrou o elenco da novela Em família, ambas na Rede Globo. Atualmente faz parte do elenco da próxima novela das seis da Rede Globo, chamada Sete Vidas, com direção de Jayme Monjardim e autoria de Lícia Manzo. Também está gravando o filme Redemoinho, com direção de José Luiz Villamarim, diretor de Amores Roubados, Canto da Sereia e Rebu.

A POETISA – ELISA LUCINDA

Elisa Lucinda nasceu em Vitória no Espírito Santo. É poetisa, jornalista, cantora e atriz brasileira.  Idealizadora e fundadora da Casa Poema, a artista tem seu foco de atuação na arte-educação. Com seu jeito ímpar de dizer versos, Elisa faz com que todos entendam seu conteúdo, conheçam e se apaixonem pela beleza da poesia, sendo considerada a artista da sua geração que mais populariza o viver poético.

Além de admirada pelos seus inúmeros espetáculos e recitais em teatros, empresas e escolas do Brasil e no exterior, a atriz também é conhecida pelos seus encantadores papéis no cinema e nas telenovelas da Rede Globo. Elisa possui 12 livros publicados e no segundo semestre de 2014 lançou o seu primeiro romance: “Fernando Pessoa, o Cavaleiro de Nada”, uma autobiografia não autorizada.

Ficha Técnica

Roteiro: Elisa Lucinda, Cyria Coentro e Jackson Costa

Elenco: Cyria Coentro

Direção: Jackson Costa

Direção Musical: Luciano Salvador Bahia

Cenário e Figurinos: Rino Carvalho

Iluminação: João Sanches

Preparação Vocal: Hebe Alves

Consultoria de Movimento: Rita Brandi

Preparador Corporal: Jorge D'Santos

Direção de Produção: Socorro de Maria

Gestão: Cardim Projetos

Produção Executiva: Viviane Jacó

Assessoria de Comunicação: Dayanne Pereira

Assistente de Comunicação: Rebeca Bastos

Fotografia: Débora 70

Programação Visual: Autor Visual?

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