O Oposto Do Amor Não É O Ódio, Mas O Medo |
Comportamento | |||
Sex, 22 de Janeiro de 2016 00:31 | |||
Um dos sentimentos inatos do homem é o medo. É uma resposta natural ao perigo. O medo nos ajuda a sobreviver, mas também nos limita, e é usado muitas vezes para limitar nossas vontades. Ele afeta tanto o corpo quanto a mente. Diante do medo, o nosso corpo reage com o aumento da pressão arterial, nossas pupilas se dilatam e o coração bombeia o sangue com velocidade. Mas, às vezes o medo está apenas em nossa mente, porque pode ser imaginário quando não tem uma correspondência com um perigo real. Existem muitos tipos de medo: o medo do fracasso, medo de rejeição, medo da perda de poder e medo da mudança. “Com medo, não tomamos decisões, não somos criativos e acima de tudo, não somos felizes”. Carl Gustav Jung, grande psiquiatra e psicanalista suíço, argumentou que todos nós temos algumas características que escondemos, e desde pequenos percebemos que isso é necessário se quisermos ser aceitos. Este conjunto de características que não aceitamos em nós mesmos é como uma sombra que surge em algum momento de nossas vidas. Junto dessa “sombra”, desenvolvemos o que Freud chamou de “o ideal do ego”, que é uma personalidade que criamos para se encaixar no nosso ambiente sem sermos rejeitados. Essa rejeição da sombra envolve muitos problemas, porque não aceitamos a nós mesmos por medo, não nos amamos. O medo é o oposto do amor. Nós não amamos por medo de nós mesmos e não somos capazes de amar os outros. O que você faria se você não tivesse medo de aceitar-se, de reconhecer-se e nem de ser rejeitado? Seria livre e desfrutaria de seu amor por si mesmo e pelos outros. “Tudo o que nos irrita nas outras pessoas pode nos ajudar a entender a nós mesmos”. Qual é o oposto do amor? Ódio ou “odium” em latim é a rejeição em relação a alguém ou algo. Na verdade, é algo inútil. De que serve odiar? De nada. Só faremos mal a nós mesmos. Paulo Freire, especialista brasileiro em educação, diz: “O oposto do amor não é, como muitas vezes ou quase sempre pensam, o ódio, mas o medo de amar, e medo de amar é medo de ser livre”. O amor o adoça, o medo o endurece. O amor abre o universo, o medo mantém você preso em si mesmo. Por que temos medo de amar? Nosso medo do amor decorre da nossa falta de amor por nós mesmos. Se não podemos amar a nós mesmos, como poderemos amar outra pessoa? A nossa autoestima ou a consideração que temos por nós mesmos é um aspecto que devemos melhorar para conseguir ter amor próprio e amar as outras pessoas. O psicólogo argentino Walter Riso propõe algumas chaves para melhorar a autoestima: – Elogiar a si mesmo. Toda vez que fazemos algo bom, algo positivo, devemos elogiar a nós mesmos. – Recompensar-se. Qualquer conquista de nossas vidas, não importa o tamanho, merece um prêmio. O prêmio pode ser algo simples que nos agrade. – Eliminar as crenças repressivas que o impedem de avançar. Embora às vezes devamos colocar limites sobre nossos sentimentos, outras vezes temos que deixá-los sair. O que há de errado em chorar em público ou mostrar seu amor por alguém na frente de outras pessoas? – Não tenha vergonha de seus sucessos e esforços, aprecie-os. O caso extremo do medo de amar é a filofobia. Uma pessoa com filofobia tem um medo intenso de amar, de se apaixonar por alguém, do compromisso e de relacionamentos íntimos. As pessoas filofóbicas utilizam vários mecanismos para se defender do amor e permanecer em sua zona de conforto: – Apaixonam-se por pessoas impossíveis. – Iniciam relacionamentos que estão fadados ao fracasso, porque os dois são muito diferentes. – Provocam discussões com o parceiro, para que o outro tome a iniciativa de romper o relacionamento. – Buscam os defeitos da outra pessoa, para justificar a si mesmo. Como podemos superar o medo de amar Converse com o seu parceiro, explique porque tem medo e busquem juntos uma solução. A comunicação é essencial para superarmos nossos medos. Também é necessário deixar para trás relacionamentos passados ??e vivermos uma nova relação a cada dia. “Não amar por medo de sofrer é como não viver por medo de morrer”. Fonte: A Mente é Maravilhosa
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