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Não é momento para brincar de pressão com acordo de Cunha, por Janio de Freitas
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Cidadania
Seg, 21 de Agosto de 2017 08:36
Janio_de_FreitasNem como forma de pressionar para que o ex-presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha, entregue o que poderia estar omitindo, os procuradores da República deveriam cortar as negociações com o peemedebista, preso na Operação Lava Jato e uma das principais vozes para encaminhar provas contra Aécio Neves, o caso de Furnas, negócios brasileiros com as telecomunicações, os peemedebistas Geddel Vieira e Moreira Franco em direções da Caixa Econômica, etc.
A conclusão é de Janio de Freitas, que em coluna deste domingo (20) aponta: "Não há dúvida de que as revelações oferecidas por Cunha para o acordo de premiação estão aquém do valor possível". E completa: "Mais parece birra da presunção paranoide de alguns salvadores do país, confrontados com as resistências do seu prisioneiro."
Por Janio de Freitas

A suspensão, pelos procuradores da Lava Jato, das negociações para a delação premiada de Eduardo Cunha tem versões demais. No que mais interessa, nenhuma tem importância. A suspensão, sim, contém ameaças variadas à necessária verificação de ganhos ilícitos, de uma parte, e vantagens empresariais, de outra, em setores apenas sobrevoados ou nem considerados até agora nas delações e alegadas investigações.

Entre os já citados na Lava Jato, Cunha é, sem dúvida, quem mais conhece –por experiência pessoal e por sua bagagem de informações– a diversidade de setores e personagens ativos no mundo das transações obscuras. Exemplo recente da relevância de delações de Cunha veio da própria Polícia Federal, investigadora na Lava Jato.

Em relatório ao ministro Edson Fachin, a PF diz que "não encontrou" elementos comprometedores de Aécio Neves no chamado caso Furnas, que cochila há uns dez anos. Haja ou não o comprometimento comentado há muito tempo, não encontrar não significa inexistir. Cunha, a quem Aécio tratou no Congresso com muita deferência, conhece por dentro todo o caso. Desde a nomeação, para Furnas, do indicado de Aécio, Dimas Toledo.

Habitação popular? É com Cunha mesmo. Telefonia, negócios brasileiros e portugueses em torno da Oi são com Cunha. Caixa Econômica, seus (ex-)vices Geddel Vieira Lima e Moreira Franco e negócios ainda não apurados ou nem conhecidos são com Cunha. Dinheiro para determinadas votações na Câmara? Posto Ipiranga. Quer dizer, Eduardo Cunha, como tantos assuntos mais.

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Não há dúvida de que as revelações oferecidas por Cunha para o acordo de premiação estão aquém do valor possível. Mas nem como pressão é promissor o corte das negociações, a um mês da substituição de Rodrigo Janot por uma situação de incógnita. Mais parece birra da presunção paranoide de alguns salvadores do país, confrontados com as resistências do seu prisioneiro.

O RACHA

O senador Tasso Jereissati é uma lembrança do PSDB das origens, esquecido por chefões e chefetes. Esquecido, não. Abandonado, não sendo impróprio dizê-lo traído. Aí começa a reação irada de uma banda do partido ao programa transmitido sob a orientação de Jereissati, na condição de presidente interino (a bem da imagem partidária, porque o efetivo é o acusado Aécio). A reação explodiu porque o programa disse e repetiu coisas como "o PSDB errou", sem explicitar os erros, mas sugerindo estarem na adesão à troca de favores típica do "presidencialismo de cooptação". A adesão à "velha política". São quatro os peessedebistas no ministério.

A reação ao programa foi, portanto, pelas verdades reconhecidas e expostas. O ataque ao programa e a Jereissati feito por Aloysio Nunes Ferreira omitiu sua condição de ministro de um presidente criminalmente denunciado. Ministro por que, senão pela "velha política" de troca de apoio por cargos e suas vantagens? Como ministro das Relações Exteriores, Aloysio fala pelo denunciado Temer e o representa, aqui e no exterior.

BRASILEIRINHAS

– A Prefeitura do Rio quer liberar prédios sem garagem, nos bairros com melhor transporte, para incentivar construções. Presentes ou futuros, moradores desses bairros, os melhores, são os que mais têm carros. A prefeitura ainda não percebeu que garagens nos prédios são para desobstruir ruas: quer menos garagens e mais obstrução. E mais lucro para os incorporadores.

– Antes de existir, o Museu da Escravidão tem o seu nome reprovado: querem acrescentar-lhe "e da Liberdade". Na forma original, dizem, seria uma citação do sofrimento. É a hipocrisia em ação, ainda hoje.


Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputado

Artigo publicado em http://jornalggn.com.br/noticia/nao-e-momento-para-brincar-de-pressao-com-acordo-de-cunha-por-janio-de-freitas

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