Morreu hoje um grande líder socialista – Hugo Chávez. Ao promover a "revolução bolivariana", Chávez mudou a cara de um dos países mais injustos do planeta. Até então, toda a imensa riqueza da Venezuela, quinto maior produtor de petróleo, era carreada para locupletar a reduzida elite econômica do país, enquanto a maioria da população era mantida na miséria e na marginalidade.

Os avanços sociais de sua revolução são reconhecidos inclusive pela imprensa capitalista menos parcial e tendenciosa:

“Na era Chávez, a pobreza na Venezuela caiu mais de 20%, de acordo com a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), e o país passou a registrar a menor desigualdade entre ricos e pobres entre nações latino-americanas, de acordo com relatório da ONU, com 0,41 no índice de Gini que mede o grau de desigualdade na distribuição da renda domiciliar per capita entre os indivíduos de um país, quanto mais próximo de zero menor a desigualdade.” (Claudia Jardim – BBC Brasil – 05/03/2013)

Além disso, Chávez investiu pesadamente na ampliação e melhoria dos serviços públicos de educação e saúde, através das "Misiones Bolivarianas", programas sociais voltados sobretudo para a população carente e montados com base em acordos de cooperação bilateral com a Cuba socialista, um aliado estratégico. Não era à toa que Chávez contava, para se manter no poder, principalmente com um maciço apoio popular, capaz inclusive de reverter, em 2003, um golpe militar apoiado pela elite empresarial da Venezuela (e saudado por uma organização criminosa que ocupa um importante espaço na mídia brasileira – a Revista Veja).

No plano econômico, deve-se destacar também a reforma agrária e nacionalização de setores estratégicos: petróleo, siderurgia, telecomunicações, eletricidade e parte do setor alimentar. Por outro lado, muitas críticas podem ser feitas também ao governo e a política de Chávez, que não conseguiu diversificar a economia (diminuindo a dependência do petróleo), nem reduzir a inflação (a Venezuela tem a maior inflação da América Latina), nem evitar a recessão. As críticas ao centralismo e ao autoritarismo não são infundadas também. Porém, ninguém pode negar sua profunda ligação com o povo que ele libertou da opressão e da miséria, muito bem sintetizada por suas próprias palavras assim: "Eu sou um povo, todos somos Chávez!"

E, por ser um grande líder da luta pela justiça social e pela liberdade dos povos, Chávez era alvo do ódio mais visceral das elites reacionárias e prepotentes, bem como de seus lacaios, como a mídia conservadora brasileira, que não cansou de difamar o líder do país vizinho e grande aliado do Brasil, desde que aqui também chegou ao poder outro grande líder popular – Luís Inácio Lula da Silva.

Portanto, para todos aqueles que desejam e buscam um mundo com mais justiça e liberdade, hoje é um dia triste. Mas é também um momento de saudarmos a vida desse grande líder que se foi, com o grito de “Viva Chávez” e perpetuarmos a sua presença em nosso espíritos clamando também: “Companheiro Chávez, presente!”

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