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Por que o Brasil piorou com o PT, segundo a oposição? por Marilza de Melo Foucher
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Dando o que Falar
Dom, 14 de Setembro de 2014 21:29

Marilza-de-Melo-FoucherPorque o Brasil teve sua estrutura social abalada, desemprego em massa, precarização das relações de trabalho, exclusão social com aumento considerável de desigualdades. Citando fatos concretos:

Porque o salário mínimo nunca aumentou, compare os dados à partir dos governos Fernando Henrique.

O valor do salário mínimo estabelecido para 2014 (R$ 724) garantiu ao trabalhador o maior poder de compra. O salário mínimo em 2014 representa um avanço de 61% no poder de compra desde 2003.

Só para lembrar: em 2002, fim do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o mínimo valia R$ 200.

Porque a geração de empregos formais nos governos de Lula e Dilma foi péssima. O Brasil está em recessão econômica.

Existem hoje 4,96 milhões empregos já criados no governo Dilma, 20 milhões no governo Lula e no governo Dilma. E o governo Fernando Henrique Cardoso somente 5,2 milhões foram criados. Na “Era FHC”, a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o país necessitava para impulsionar o setor produtivo.

Os recentes dados do CAGED (O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de agosto 2014: foram criados 101.425 empregos formais, “o que mostra que o emprego no Brasil tem se mantido apesar de todas as flutuações”. O cadastro mostrou que 6 dos 8 setores pesquisados cresceram no mês, com destaque para o setor de serviços, que respondeu por 71,8 mil carteiras assinadas.

Apesar da grande crise mundial o Brasil além de continuar gerando empregos o IBC-Br, Índice de Atividade Econômica do Banco Central e um dos dados oficiais mais respeitados por analistas, apontou um crescimento de 1,50% no conjunto da economia brasileira em julho sobre julho.

Porque não houve redução de pobreza no Brasil e a miséria continua igual.

A miséria caiu cerca de 65% no país entre 2003 e 2012. A renda dos 10% mais pobres no Brasil avançou 106% entre 2003 e 2012. Esse percentual é o dobro do aumento da renda média (51%) e quatro vezes mais que os 27% do crescimento do PIB per capita real.

Porque não houve distribuição de renda

Os programas de transferência de renda são hoje considerados como eixo do atual sistema brasileiro de proteção social. A finalidade desses programas, no curto prazo, é aliviar os problemas decorrentes da situação de pobreza e, no longo prazo, investir no capital humano, quebrando o ciclo intergeracional da pobreza.

A avaliação feita pela diretora do Banco Mundial (Bird) para o Brasil, Deborah Wetzel em 2013. “Enquanto a crise econômica internacional fez a política social em diversos países regredir, o Brasil soube manter as melhorias para as camadas mais pobres da população e, ao mesmo tempo, preservar a estabilidade macroeconômica.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a desigualdade social atingiu o menor nível desde o Censo realizado em 1960, e que o país vem crescendo e avançando desde o início da década na redução das desigualdades entre pobres e ricos, causada pelo o programa bolsa família e os seus antecessores. Confira alguns números do Bolsa Família:

• Famílias beneficiadas (2013): 13,8 milhões

• Famílias que deixaram o programa por terem aumentado a renda (2003-2013): 1,7 milhão

• 75,4% dos beneficiários estão trabalhando

• Crianças na escola (6-15 anos): 14,8 milhões (2013)

• Crianças na escola (16-17 anos): 2,6 milhões (2013)

• Benefício médio (2014): R$ 167

• Orçamento (2014): R$ 25,3 bilhões

Por que nunca fizeram nada pela moradia dos pobres.

Não há na história do Brasil nenhum programa como o “Minha Casa, Minha Vida” já foram entregues 1,7 milhão de unidades habitacionais e 3,75 milhões já contratadas e na próxima etapa do “Minha Casa, Minha Vida” se vai lançar mais 3 milhões de casas populares.”

Porque não houve investimentos na área de educação.

O orçamento do Ministério de Educação era de 12 bilhões em 2002 passaram para 115.7 bilhões de reais em 2014.

A taxa de escolarização das crianças de 0 e 3 anos, que era de 11,7% em 2002, chegou a 21,2% em 2012; de 4 a 5 anos, de 56,7% para 78,2% no mesmo período; de 6 a 14 anos, de 95,8% para 98,2%; e de 15 a 17 anos, de 81,5% para 84,2%. São cada vez mais crianças e jovens estudando – em escolas cada vez melhores, como demonstra a elevação do Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb).

Em 12 anos, os investimentos diretos per capita em educação cresceram 250%, considerando os recursos dos governos federais, estaduais e municipais..

Porque nada fizeram pela educação.

Foram 49 mil escolas na Mais Educação com três horas no mínimo a mais de processo de aprendizado escolar. E o Pronatec hoje tem mais de 7,3 milhões de matrículas é o maior programa da história do Brasil de formação técnico profissionalizante. A ampliação da rede pública federal de 2,5 milhões de matrículas no ensino superior do Brasil; hoje temos 7,2 milhões matrículas. Quer dizer, é uma expansão fantástica, inclusive abrindo espaço para a educação pública nas universidades particulares: 34% dos estudantes na universidade hoje estão pelas políticas públicas: cotas, rede federal, Prouni, Enem. Para não falar que estamos chegando a 100 mil bolsas na «Ciência sem Fronteiras.”

Ultima informação: O relatório Education at a Glance 2014 (Olhar sobre a Educação) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que o Brasil hoje destina mais do seu Produto Interno Bruto (PIB) para educação do que os países ricos.

Porque os investimentos na área de saúde pública também diminuíram drasticamente nos governos do PT.

No governo de FHC o orçamento para a área de saúde era de 28,5 bilhões de Reais, no governo Dilma saltou para 106 bilhões de R$, ou seja, um crescimento de 271% em 12 anos.

O programa “mais médicos” criado em 2013 colocou mais de 14 mil médicos brasileiros e estrangeiros em 3800 municípios e uma população de aproximadamente 50 milhões de pessoas. Em 2002, o Programa Saúde da Família (PSF), criado em 1994, no governo Itamar Franco, contava com 16,7 mil equipes. Em julho de 2014, esse número é de 37.064 equipes, um aumento de 121% em doze anos.

Até 2004, quando foi lançado o Programa Brasil Sorridente, 30 milhões de brasileiros nunca tinham ido ao dentista. Atualmente, são 23.619 equipes de saúde bucal, cobrindo 4978 municípios e 38% da população, o que corresponde a mais de 76 milhões de pessoas, fazendo desta a maior política de saúde bucal do mundo.

Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em agosto de 2014, 74% dos usuários do SUS avaliaram os serviços do sistema com conceito regular, bom ou ótimo. O atendimento geral do SUS recebeu nota 5 (em escala de 0 a 10) ou superior de 67% dos entrevistados. Porque não houve nenhum melhoramento para a agricultura familiar no Brasil. O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que não era nacional no governo Fernando Henrique Cardoso, e cujo total de créditos era R$ 2,3 bilhões, este ano, o Pronaf é de R$ 24,1 bilhões. Portanto, mais de dez vezes o que era o crédito para a agricultura familiar. Foram assentadas 730 mil famílias e desapropriadas para fim da reforma agrária uma área equivalente a mais de dois estados de São Paulo.

Porque o acesso ao crédito diminui.

Em 2002, último ano de FHC, o volume de crédito representava 26% do PIB. No final de 2013, graças a uma política econômica proativa que incentivou os bancos públicos a aumentar a oferta de recursos, incrementando a competitividade no setor financeiro, o total de crédito no País representou 56% do PIB, um recorde.

A gestão de finanças publicas piorou nos governos petistas.

Veja exemplo: a dívida líquida total do setor público veio caindo desde 2003 (54,9% PIB em dez/2003) até 2010 (39,2% PIB em dez./2010).

Quando Cardoso assumiu a presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa era de R$ 153,4 bilhões. Em abril de 2002, essa dívida já era de R$ 684,6 bilhões.

Porque nunca houve antes corrupção no Brasil. O PT é um governo de corruptos!

Antes, eram raras as manchetes de jornais denunciando escândalos, porque os malfeitos eram quase sempre varridos para debaixo do tapete ou engavetados. Tudo se ocultava e os brasileiros nem ficavam sabendo. A partir da chegada de Lula à Presidência, em 2003, a prevenção e o combate à corrupção tornaram-se prioridade, por meio da ação articulada entre diversos órgãos do governo federal, com transparência e incentivo à participação da sociedade civil.

Uma das primeiras ações de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.

Desde 2003, o problema da corrupção passou a ser levado mais a sério no Brasil. Os números são claros e a população brasileira pode perceber que o governo federal, pela primeira vez na história, resolveu enfrentar duramente esse problema que perdura há séculos no Brasil. Ação articulada de Polícia Federal, CGU e demais órgãos de investigação e controle passou a levar corruptos à prisão e recuperar recursos públicos desviados. Com Lula e Dilma, a Polícia Federal ganhou independência para combater todo e qualquer malfeito, cometido por quem quer que seja, em qualquer lugar do país. Sem poupar aliados nem perseguir adversários políticos, ao contrário do passado.

A polícia federal tornou-se uma instituição moderna, bem equipada, eficiente e republicana. Seu orçamento cresceu de R$ 1,8 bilhão em 2002 para R$ 4,7 bilhões em 2013. Mais de 3 mil agentes e cerca de 1,2 mil servidores administrativos, aprovados em concursos públicos, foram incorporados. Entre 2011 e 2013, o governo Dilma destinou R$ 400 milhões para a aquisição de viaturas, embarcações, helicópteros, armamentos, coletes e outros itens, que aumentaram ainda mais a eficiência do órgão.

Porque não houve uma verdadeira política externa e nem busca de equilíbrio na relação Norte/Sul. Lula e Dilma aceitaram os ditames da governança mundial.

Na época de Fernando Henrique houve uma política internacional de submissão e na década Lula e Dilma, o Brasil passou a ser protagonista. Estabeleceu-se uma política de negociação em busca de um melhor equilíbrio nas relações. Destaca-se uma maior participação do Brasil em órgãos multilaterais, como o “Conselho de Segurança”, o “Conselho de Direitos Humanos”, na questão da soberania alimentar (FAO), nas discussões sobre mudanças climáticas e na Presidência da “Organização Mundial do Comércio” (OMC).

O governo FHC foi responsável pela efetiva inserção do Brasil na política Neoliberal que caracterizou a governança mundial que exigia que os gastos públicos do governo com educação, previdência social e outras ações de cunho assistencial deveriam ser reduzidas ao máximo.

Durante os governos de Lula e Dilma o Brasil se reposicionou na geopolítica mundial e se tornou líder no continente sul-americano, mostrando mudança na política externa em relação ao governo de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), quando o país tinha pouca voz e liderança no cenário internacional. Com o governo petista ficou claro o interesse em fortalecer a união do continente, contrapor-se à hegemonia do Norte nos espaços internacionais e criar novos espaços multilaterais, visando disputar mercado e poder nas esferas internacionais.

Marilza de Melo Foucher é economista, jornalista e correspondente do Correio do Brasil em Paris.

Artigo publicado originalmente em http://correiodobrasil.com.br/noticias/opiniao/por-que-o-brasil-piorou-com-o-pt-segundo-a-oposicao/728112/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140914

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