Segundo pesquisa, PSDB recebeu 42% das doações das grandes empreiteiras da Lava Jato aos partidos

Com a habitual maestria de texto e de ideias, Janio de Freitas publica, hoje, na Folha, artigo sobre o “aniversário de sovaco” que Gilmar Mendes vai comemorar com seu “pedido de vistas”  que suspendeu o julgamento – em tese, já definido pelo placar parcial de 6 a 1 – da proibição de financiamento empresarial de campanhas eleitorais.

A grande mídia brasileira jamais decepciona quem não espera nada dela. Considere o caso de Rogério Chequer, o novo herói da direita.

O professor universitário e pesquisador Vitor Amorim de Angelo virou notícia na internet depois que uma entrevista sua ao Bom Dia Espírito Santo, da TV Gazeta, afiliada da TV Globo, saiu do roteiro combinado.

Mais além das manifestações da direita e suas aberrantes e exóticas expressões propagandísticas, há um projeto de restauração conservadora no Brasil que começa a se articular de maneira mais ordenada.

O problema foi o sintomático acuamento dos eleitores de Dilma: com ajustes que contrariam sua campanha eleitoral, a presidenta vai perdendo sua base.

Tão equivocado quanto subestimar o impacto das recentes manifestações é ceder à histeria relembrando golpe de 1964, suicídio de Getúlio Vargas, impeachment de Collor etc.

As classes médias tradicionais e emergentes, compostas por grupos sociais reacionários, foram às ruas — aos milhares. Essas pessoas estão realmente dispostas a derrubar do poder a presidenta trabalhista legitimamente eleita, Dilma

Protestos que levam mais de um milhão de pessoas as ruas não buscam reivindicações específicas. Buscam o poder

Quatro meses e dez dias depois de vencer o segundo turno da eleição presidencial, o governo Dilma Rousseff continua nas cordas.

A escalada contra a presidente Dilma Rousseff se transformou, a partir deste domingo, em movimento reacionário de massas. A última vez que assistimos fenômeno dessa natureza foi às vésperas do golpe militar de 1964, com as marchas que abriram alas para os tanques.