No dia 25 de julho, data que marca o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Coletivo Filhas do Vento, atuante em Recife e região metropolitana de Pernambuco, estreia uma série de vídeos, que pretende trazer temas relevantes dentre as pautas femininas negras e apresentar a trajetória de quase cinco anos do Coletivo. Até o dia 15 de agosto, todo material será divulgado no www.filhasdoventocoletivo.com.br/.

“A produção destes vídeos materializa uma preocupação nossa em abrir possibilidades de diálogo em torno do que defendemos e do que temos realizado para contribuir efetivamente com a transformação social através da popularização do conhecimento”, explica a integrante do coletivo que roteirizou e dirigiu os vídeos, Juliana Cíntia. “Eles são uma ferramenta que possibilita conversas em torno de temas importantes, além de comunicar através de nossos corpos que mulheres negras são capazes de realizar e tem papel fundamental na transformação social”.

O vídeo de estreia, “Aláfia: revoluções feministas negras”, fala um pouco das lutas feministas negras a partir da trajetória de algumas integrantes do coletivo demonstrando como elas se articulam e são atravessadas pelas questões raciais. Os outros dois vídeos temáticos, trazem questões considerados fundamentais no debate feminista negro contemporâneo: “Jovens Insurgências”, sobre juventude negra, e “Enraizando Saberes Ancestrais”, sobre educação antirracista.

Além destes vídeos temáticos será lançado o vídeo “Ventania” que conta um pouco da trajetória do Coletivo Filhas do Vento ao longo dos seus quase cinco anos de existência e o vídeo “Travessias”, que aborda a experiência do CFV na execução do Projeto “Travessias negras: das margens periféricas aos centros decisórios do poder”, em meio ao contexto da pandemia de covid-19.

Através dos vídeos, o Filhas do Vento busca estimular o debate em torno de questões fundamentais do contexto social brasileiro a partir das vivências e expertise de mulheres negras que estão inseridas ativamente nas pautas abordadas.

A ação é realizada com apoio do Fundo Baobá por meio do Programa de Aceleração do Desenvolvimento de Lideranças Femininas Negras - Marielle Franco. A realização das produções audiovisuais acontece em parceria com o Coletivo Obirin de Audiovisual Negro, responsável pela captação, montagem e edição dos vídeos. A produção de Still fica por conta do fotógrafo André Martins, a locação dos vídeos é do Ateliê Arte Marchê, roteiro e direção são de Juliana Cintia.

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