Salvador, 19 de May de 2024
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Câmara Municipal homenageia presos políticos e vereador de Salvador cassado pela ditadura civil-militar em 1975
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Sáb, 03 de Julho de 2021 00:45

mariamariguella_patriciaalmeida-55A Câmara Municipal de Salvador realiza nesta segunda-feira (05), às 10h, uma sessão especial em homenagem aos presos políticos da “Operação Radar” na Bahia, deflagrada em 05 de julho de 1975, sob comando do torturador coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, auxiliado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury. São cerca de 40 mulheres e homens dentre as milhares de brasileiras e brasileiros vítimas das graves violações de direitos humanos praticadas durante o regime autoritário. Entre estas pessoas, está o então vereador do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) Sérgio Santana, cassado pela ditadura civil-militar, cujo mandato jamais foi restituído e que é um dos convidados do evento, que terá transmissão ao vivo pela TV Câmara – canal aberto 12.3, no site www.cms.ba.gov.br e no facebook.com/tveradiocam – e pela Rádio Câmara 105,3 FM.

Promovida a pedido da vereadora Maria Marighella (PT), a sessão também terá presença de seu pai, o ex-deputado e advogado Carlos Augusto Marighella, outro destes homens usurpados pelo Estado, que estava preso quando do nascimento da filha, em 1976. Amabília Almeida, ex-vereadora e deputada estadual Constituinte da Bahia, representará as famílias e também o seu marido, Luiz Contreiras. Maria Lúcia de Carvalho e Marco Antônio Medeiros darão seu testemunho enquanto memória viva sobre este episódio do regime político autoritário, que marca suas vidas e de suas famílias para sempre, assim como a história de toda a nação. O vice-reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Paulo Miguez, e o jornalista e ex-deputado Emiliano José também participarão com seus depoimentos e são os demais convidados de honra.

Assim, a sessão reivindica o direito constitucional à memória, verdade e justiça ao dar publicidade a um acontecimento insistentemente apagado dos relatos históricos sobre Salvador. Sob coordenação do Destacamento de Operações e Informações (DOI) da 6ª região militar, aquela que foi apelidada de “Operação Acarajé” pelos seus malfeitores ocorreu há exatos 46 anos e urge por constar na agenda das memórias da cidade.

“Enquanto eu viver, serei a encarnação da denúncia deste regime autoritário que violou a democracia e interditou o projeto de sociedade sonhada por aquela geração”, afirma Maria Marighella. “Ninguém tem o direito de esquecer isso. É dever do Estado e da sociedade reconhecer, nomear, dar conhecimento sobre a história. Em tempos de negacionismo e de tantos ataques à democracia, esta homenagem opera nossa responsabilidade de oficializar a violência a que esses militantes foram submetidos. Acreditamos que é através da memória e da verdade que podemos fazer justiça, reescrever a história de lutas do povo brasileiro e construir um futuro lastreado na democracia e na justiça social”, finaliza a vereadora.

Sobre a Operação Radar na Bahia

A operação fez parte de um conjunto de operações articuladas nacionalmente pela polícia política da ditadura civil-militar para perseguir, prender, torturar e matar opositores políticos vinculados ao Partido Comunista Brasileiro. Na Bahia, a operação tinha o objetivo de prender os dirigentes do PCB do diretório estadual, que vinham rearticulando os sindicatos e construindo uma tendência política, a “Ala Jovem do MDB”, no único partido de oposição consentido pelo regime civil-militar. Alguns militantes ficaram quase dois anos na prisão. Entre as cerca de 40 pessoas presas e levadas para o centro clandestino conhecido como “Fazendinha”, localizado nas proximidades de Alagoinhas, esteve o então vereador de Salvador pelo MDB Sérgio Santana, que posteriormente foi condenado como “subversivo” e teve seu mandato cassado. Os detidos, que viviam em legalidade, sem qualquer mandato, flagrante ou justificação, foram sequestrados por homens que se apresentaram como policiais, que os algemaram, encapuzaram e conduziram forçadamente ao centro clandestino, onde foram submetidos a interrogatório e torturas.

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