Indigena aprovada na DPE |
Ter, 08 de Fevereiro de 2022 02:49 | |||
A Defensoria Pública do Estado da Bahia DPE - Ba divulgou no dia 26 de janeiro o resultado da 3a fase (prova oral) do VIII Concurso Público para Defensores(as) Públicos(as), publicado no Diário Oficial da instituição. Agora o certame irá fazer a análise de títulos para posterior convocação e nomeação.
Alessia Pamela Bertuleza Santos, 29 anos, de origem Tuxá, foi aprovada
com a 2a maior nota (9,12).A candidata concorreu através do sistema de cotas raciais que prevê 2% de vagas para a população indígena. A cota foi estabelecida pela Lei Complementar Estadual 46/2018, que altera a Lei Orgânica do órgão. A ação afirmativa já era adotada nos processos seletivos através do REDA e seleção de estagiário, mas, esse foi o primeiro concurso público a adotar o sistema.
Egressa de escola pública, Alessia fez graduação em Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana, onde foi admitida pelo regime de cotas raciais e Mestrado na Universidade Federal da Bahia. Foi estagiária da DPE , é analista do Tribunal de Justiça da Bahia e professora de Direito Internacional na Unirios em Paulo Afonso, onde mora.
A família da futura defensora mora em Rodelas, no norte da Bahia, na comunidade indígena Tuxá. O povo Tuxá ocupa uma área no município ainda não regulamentada pela FUNAI e parte da população indígena foi remanejada na década de 80 para Ibotirama no oeste do estado devido a Barragem de Itaparica da Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga. O irmão de Alessia, de 17 anos, cursa o 3. ano do ensino médio na Escola Indígena Tuxá e toda a comunidade indígena, professores, amigos e familiares comemoraram a classificação dela.
Alessia nos deu entrevista exclusiva e comentou sobre suas expectativas para o novo cargo, o sistema de cotas raciais e a política indigenista no atual governo diante das demandas do movimento indígena.
Foto: Ascom DPE - Bahia
Claudia Patricia Diniz Correia
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Última atualização em Qua, 09 de Fevereiro de 2022 14:28 |
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