Globacidade é o título do mais novo lançamento de Gustavo di Dalva. O artista inicia a carreira fonográfica com um disco solo, no qual ele toca todos os instrumentos, além de cantar quase sempre sozinho o inédito repertório autoral.

Mas ele também conta com parcerias valiosas, como na música “O ser humano”, de Gustavo e Jorge Mauther, quando tem o vocal feito por Gilberto Gil, com quem tocou por mais de 15 anos. “Da primeira a última faixa, uma vibrante polirritmia construída com tambores, berimbaus, guitarras, teclados, sopros e coros envolve a voz suavemente abaianada de Gustavo, também responsável por grande parte do texto das canções”, pontua Gil.

Com um tom cosmopolita, globalizado, partindo da matriz afro-baiana, base da formação musical desse percussionista iniciado no instrumento aos sete anos por seu pai e mestre Tony Mola, Globacidade, com oito faixas, partiu de um show de encomenda para o Percpan, Panorama Percussivo Mundial, em 2006. A convite da sua criadora, a produtora Beth Cayres (in memorian), Gustavo montou esse show com percussionistas, bailarinos e ganhadeiras. E após a sua realização, ele não pensava em gravar o que foi produzido, mas o amigo Gabriel Levi deu um importante “ponta pé”. “Gabriel é uma figura super importante nessa história toda. Na época ele ofereceu o seu estúdio para gravarmos tudo o que foi apresentado no Percpan e fomos, até porque já estava tudo ensaiado. Mas naquele momento, contaríamos com os recursos de um estúdio, fazendo toda diferença”, garante Gustavo.

De lá pra cá, Di Dalva continuou com os seus projetos, mas sempre fazendo interferências no material já produzido, até que decidiu lançá-lo em formato de disco. Globacidade é a memória musical dele até aquele ano, com boa parte das suas influências, e dividido em instrumental e cantado. O disco ainda contou com a participação de Jaques Morelenbaum, que tocou Cello e com uma composição sua em parceria com Daniela Mercury, Boghan Costa e Carlinhos Brown, intitulada “Tchau não”.

Artista fundamental na projeção nacional obtida por Gustavo di Dalva como músico, o cantor baiano Gilberto Gil considera que este disco marque o ingresso mais decidido de Di Dalva numa fase mais afirmativa de sua carreira como criador de híbridos rítmicos de alta voltagem. Para produzir o Globacidade, Gustavo contou também com a colaboração de outros parceiros baianos e os mais recentes colegas americanos e africanos.

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