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Marcio Meirelles lança projeto "Um Artista de Província" com lives, podcast e livro autobiográfico
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Ter, 09 de Fevereiro de 2021 15:48

MARCIO_MEIRELLES_-_AS_PALAVRAS_DE_J_2020_2A trajetória artística de um dos mais atuantes artistas do teatro baiano e nacional é o tema da publicação digital que também ganhará versão em podcast


A partir do dia 9/02, terça-feira, o diretor teatral Márcio Meirelles inicia as atividades do projeto “Um artista de província", que culminará em um livro digital sobre a trajetória artística do encenador dos 5 aos 66 anos. O lançamento está previsto para o dia 8 de Abril, mas antes de estrear a sua primeira publicação biográfica, Meirelles participa de uma série de 5 lives com diversos convidados, para refletir sobre os diferentes campos em que atua e para, junto com os convidados, situar a sua prática artística com os cenários históricos e culturais em que se desenvolvem esses campos. As lives acontecem de 09 a 25/02, sempre às terças e quintas, às 19h, no Youtube do Vila (youtube.com.br/teatrovilavelha).


A primeira live  (9/02) tem como tema "Formação e atuação na cena" e conta com a participação de Lydia Del Picchia, bailarina e atriz do Grupo Galpão (MG); Fernando Yamamoto, diretor teatral e fundador da companhia Clowns de Shakespeare (RN); e Martin Domecq, dramaturgo, diretor e professor da Universidade Federal do Sul da Bahia. A mediação é realizada por Francisco André, ator, dramaturgo e integrante do Grupo de Teatro Finos Trapos (BA). Já a segunda live (11/02) tem como tema "O teatro negro e identidades" e conta com a participação de Leda Maria Martins, dramaturga, pesquisadora e professora da Universidade Federal de Minas Gerais; Hilton Cobra, ator, gestor e fundador da Companhia dos Comuns (RJ); Valdineia Soriano, atriz, diretora e integrante do Bando de Teatro Olodum (BA). A mediação é realizada por Gustavo Melo, ator, pesquisador e um dos coordenadores da Pele Negra - Escola de Teatro(s) Preto(s). Os temas e convidados das lives seguintes serão divulgados pelas redes sociais e site do Teatro Vila Velha (www.teatrovilavelha.com.br).


Com 49 anos dedicados à encenação teatral, o trabalho de Marcio Meirelles vai além da direção de atores e cenas, envolve também outras formas de expressões dramatúrgicas como a música, a coreografia, o figurino, a iluminação e a cenografia, realizando assim conexão e diálogo com diversos campos artísticos.


“O projeto será um registro desse processo que atravessou décadas em constante mutação, perdendo e achando caminhos; e uma reflexão sobre um processo criativo particular, construído pelo atravessamento de fronteiras de diversos campos da criação artística”, revela Meirelles.


A obra, que contou com a colaboração do jornalista Marcos Uzel, busca também preencher lacunas informativas, como datas, locais, e nomes referentes a algumas das realizações do diretor. Toda a narrativa se desenvolve a partir de memórias, relatos,  e também de artigos e documentos que foram digitados e digitalizados para serem inseridos no livro.


“Já desenvolvo um trabalho com Marcio há muitos anos, o acompanho em suas poéticas e criações e já o entrevistei diversas vezes. O convite aconteceu justamente por esse envolvimento com o trabalho dele. Meu papel nesta nova obra é ser uma espécie de provocador, nos reunimos em videoconferência e a partir de perguntas vou apontando caminhos e sugerindo assuntos que podem ser abordados no livro”, explica o jornalista, que também é autor de dois títulos sobre o Bando de Teatro de Olodum, “O teatro do bando negro, baiano e popular” e “Guerreiras do Cabaré”.


Em “Um artista de província", Márcio conta uma história dividida em 6 atos. No primeiro bloco, o encenador aborda as primeiras formas narrativas produzidas dos 5 aos 22 anos, incluindo artes gráficas, pictóricas, híbridas, performances e instalações, até chegar ao teatro. Em seguida, ele reflete sobre o trabalho com teatro universitário, sobre a criação de grupos e de espetáculos de teatro, dança e música, e explora ainda a articulação entre as  práticas de encenação, dramaturgia, cenografia, figurino, iluminação e crítica. Na terceira parte da obra, Meirelles relata suas incursões pelo audiovisual, e suas inter-relações com o teatro, aprofundando-se nos estudos e experiências sobre tecnologias e encenação.


Já nos últimos três blocos, a obra retrata, respectivamente, a  gestão cultural de grupos, espaços e projetos, a exemplo do Bando de Teatro Olodum, Companhia Teatro dos Novos e do Teatro Vila Velha, o desenvolvimento de políticas culturais no seu período como Secretário de Cultura do Estado da Bahia e, por fim, a criação de processos formativos para atores e atrizes (universidade LIVRE).


“Quem fala de seu quintal fala do mundo inteiro. Ser íntimo é ser universal e por isso a importância de um projeto que compila um processo criativo de quase meio século, imbricando arte e vida de um artista de província”, afirma o diretor Marcio Meirelles.


Através do registro sobre a atuação de um multi-artista gestor, o livro também levanta a reflexão sobre o papel do artista na sociedade, revelando processos criativos contextualizados em momentos históricos específicos de Salvador e do Brasil, além de abordar como as múltiplas formas de expressão artística convergem no teatro.


“O projeto transforma esse registro pessoal em algo que tem o valor de relato para outros que também fazem  a junção de arte e vida em seus processos criativos. Ou ainda para aqueles que se interessam pelo que está por trás da construção da obras de arte e dos mecanismos subjetivos, dos acasos luminosos, dos fracassos felizes que permeiam uma trajetória criativa”, reforça o encenador.


O livro será uma publicação digital que ganhará também uma versão em podcast disponibilizada nas plataformas de streaming como Spotify e Youtube. O projeto gráfico do e-book e a produção do podcast são assinadas pelo artista multimídia e diretor musical Ramon Gonçalves, que já trabalhou com Meirelles em Hamlet+Hamlet Machine (2019), A Tempestade (2020) e Fragmentos de um teatro decomposto (2021).


O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria da Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.


SERVIÇO:


Projeto Um Artista de Província

-Lives: 09 a 25/02, terças e quintas, 19h

Youtube do Vila (www.youtube.com/teatrovilavelha)

Gratuito


Live 09/02, terça, 19h
Tema: Formação e atuação na cena

Mediador: Francisco André

Convidados: Lydia Del Picchia, Martin Domecq e Fernando Yamamoto


Live 11/02, quinta, 19h
Tema: Tema: O teatro negro e identidades
Mediador: Gustavo Melo
Convidados: Leda Maria Martins, Hilton Cobra, Valdinéia Soriano


- Lançamento do Livro: 08/04, quinta, 20h

Youtube do Vila (www.youtube.com/teatrovilavelha)

Gratuito

SOBRE MARCIO MEIRELLES


Diretor teatral, cenógrafo e figurinista, inicialmente ligado às áreas de arquitetura e artes visuais, atua em teatro desde 1972. Foi fundador do grupo Avelãz y Avestruz (l976-1989), e criador/diretor do espaço cultural A Fábrica (1982). Durante os anos de 85 e 86, assumiu a chefia dos núcleos de cenografia e figurino e de direção e elenco da TV Educativa da Bahia. Paralelamente criou o Projeto Teatro para a Fundação Gregório de Mattos (1986). Foi diretor de um dos maiores centros culturais do Brasil – o Teatro Castro Alves, em Salvador/Ba – no período de 87 a 91. Ganhador de vários prêmios como diretor, cenógrafo e figurinista. Fez estágio na Circle Repertory Company (Nova York). Participou do Coloquio Brasil Alemanha de Teatro como palestrante a convite do Instituto Goethe. Co-dirigiu O Sonho de Uma Noite de Verão, com Werner Herzog. Dirigiu Zumbi em Londres com o Black Theatre Co-op, como parte do Lift (London International Theatre of London), Sempre em frente até amanhecer, para o Teatro Viriato (Viseu/Portugal, 2013) e Em defesa das causas perdidas – uma carta para Dom Quixote, para o Centro Cultural Portugues/Instituto Camões (Mindelo/Cabo Verde, 2014). Participa de projetos de colaboração internacional com a CenaLusófona (Portugal) e  instituições de outros países. Dirigiu vários shows de música, comemorativos, de lançamento de projetos e de premiação, com artistas nacionais e internacionais. Em 1990 criou, com Chica Carelli e outros artistas, o Bando de Teatro Olodum, que dirigiu até  2013 e para os quais criou espetáculos como os da Trilogia do Pelô (1991/94), Cabaré da Rrrrraça (1997) e Bença (2010).Em 2007 foi lançado o filme Ó paí, ó! e a série televisiva de mesmo nome – baseados na Trilogia do Pelô – tendo o elenco do Bando participado dos dois projetos. Em 1994, coordenou o projeto de reforma e revitalização do Teatro Vila Velha, foi seu diretor artístico até 1998; até 2006, na nova forma institucional que propôs, fez parte do colegiado gestor do teatro. Condecorado como Cavaleiro da Ordem do Mérito da Bahia em 1990, homenageado pelo Troféu Copene de Teatro pelo conjunto de seu trabalho em 1999 e indicado para o Prêmio Shell, no Rio, pela direção de Candaces – a reconstrução do Fogo, em 2003. De 2007 a 2010 foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia. Em julho de 2011 assume a direção artística do Teatro Vila Velha. E cria, em 2013, para a formação de artistas alinhados com a estética, os processos e a política construídos e praticados no teatro, a universidade LIVRE de teatro vila velha. E com este objetivo já foram montados até o momento vários espetáculos com os participantes que se envolvem em produção, divulgação, gestão, técnica, atendimento ao público e atuação. Entre eles a estreia nacional do texto de Matéi Visniec Por que Hécuba e a montagem de Jango – uma tragegya, de Glauber Rocha, celebrando os 50 anos do Teatro Vila Velha. Em 2019 recebe o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, e a Comenda 2 de Julho, pela Assembléia Legislativa do Estado da Bahia.

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