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Projeto Rum Alagbê promove preservação do patrimônio afro-brasileiro com atividades virtuais
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Seg, 22 de Março de 2021 15:41

Projeto_Rum_Alagb_foto_pr-pandemia__FOTO_Acervo_Rum_AlagbA memória das tradições musicais afro-brasileiras está viva nas mãos de crianças e jovens baianos do Alto do Gantois. O projeto Rum Alagbê, desenvolvido há 20 anos pelo Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé, o Terreiro do Gantois, em Salvador, realiza desde janeiro e até abril uma série de atividades virtuais com objetivo de preservar, valorizar e difundir as tradições rítmicas percussivas de matrizes africanas.

Batizado de “Rum Alagbê para Preservação, Salvaguarda e Difusão das Tradições Rítmicas do Terreiro do Gantois”, a iniciativa foi contemplada pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.


Desde janeiro, o projeto vem realizando oficinas de música on-line com jovens de 15 a 29 anos, moradores do Alto do Gantois e áreas vizinhas, que já atuam como monitores do projeto. Semanalmente, são realizados dois encontros entre o coordenador do Rum Alagbê, o professor e percussionista Iuri Passos, e os participantes. O projeto ainda prevê a realização de oficinas virtuais de confecção de atabaques, com ensinamentos e práticas dos mestres da fabricação desses instrumentos tão importantes nos ritos do candomblé.


Além das oficinas formativas, estão acontecendo Encontros Musicais especiais entre Iuri Passos e os convidados Uirá Cairo, Rafael Palmeira e José Izquierdo. Abertos ao público e com transmissão ao vivo pelo YouTube do projeto, os bate-papos acontecem, respectivamente, nos dias 18, 25 de março e 2 de abril.


“Buscamos formas para que, mesmo com as restrições e cuidados exigidos pela pandemia, esses meninos e meninas possam reconhecer a importância da sua ancestralidade no fazer musical, de forma que descubram e desenvolvam habilidades e, dessa forma, se conectem com suas raízes, fortalecendo esse sentimento de pertencimento, que é tão importante na sua educação e formação pessoal”, destaca Iuri Passos.


Live e clipe - Duas atividades especiais marcarão o encerramento do projeto nos próximos meses com transmissão pelo YouTube do projeto: uma live, em que Iuri Passos e os monitores participantes se reunirão para uma grande mostra do trabalho realizado durante os quatro meses de oficinas, e o lançamento de um clipe, que trará com detalhes a potência artística e cultural do projeto.


Rum Alagbê - Com o objetivo de promover a formação musical do público infanto-juvenil residente no Alto do Gantois e localidades do entorno, o Rum Alagbê tem premissa a garantia e salvaguarda da memória e da preservação do patrimônio imaterial afro-brasileiro no segmento da etnomusicalidade.

“O Gantois é um lugar de memória, que trabalha suas heranças ancestrais, em que o Rum Alagbê é fruto, de tudo o que sempre se preservou no espaço religioso do candomblé do Alto do Gantois, e se constitui um instrumento de perpetuação de tradições musicais da família egbá-alakê que, desde sua fundação, evidencia a riqueza de conhecimento compartilhado por seus fundadores, a africana nagô Maria Júlia, e seu esposo, o negro jeje e músico, Francisco Nazareth de Etra, numa fusão de nações que estabelece um campo vasto de repertório sagrado, transmitido pela oralidade, perpassando mais de 170 anos de existência, com seus alabês e ogãs, e alcança as modernas gerações, num legado inegável, destaca Mãe Carmen, Iyalorixá do Terreiro do Gantois.


O projeto nasceu há 20 anos, idealizado pelo professor, percussionista e filho do Gantois Iuri Passos depois de perceber a necessidade de reconhecimento ao aprendizado obtido pela convivência com os “mais velhos”, (ogãs e alabês), no ambiente da comunidade-terreiro, espaço detentor de uma dinâmica própria de transmissão de saberes e fazeres tradicionais. O Rum Alagbê trabalha, através das atividades percussivo-musicais, o lugar social da religiosidade do candomblé no contexto do mundo contemporâneo, no intuito de alterar a realidade de crianças e jovens, muitos em situação de vulnerabilidade.


O projeto esteve envolvido em iniciativas importantes em 2020. Indicado ao Grammy Latino, o álbum “Obatalá: Uma Homenagem à Mãe Carmem” contou com direção artística, arranjos de Iuri Passos e foi gravado com a percussão dos jovens do projeto Rum Alagbê. a produção reuniu artistas como Gilberto Gil, Alcione, Gal Costa, Zeca Pagodinho, Nelson Rufino, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Margareth Menezes, entre outros. A produção virou também um documentário jornalístico exibido pelo canal GloboNews. No mesmo ano, o Rum Alagbê participou da gravação do clipe “Terra Plana”, de Zé Miguel Wisnik e foi convidado especial para compor a obra “OsBatalá” junto à Orquestra Sinfônica da Bahia, sob a regência de Carlos Prazeres.

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