Com um pé em Salvador e outro no Recôncavo da Bahia, o cantor, compositor e instrumentista apresenta um trabalho singular, com voz marcante, arranjos sofisticados, letras contundentes e influências que vão do jazz ao samba. Com passagens por filarmônicas e várias bandas/grupos, Ras Elias traz muitas dessas experiências para seu novo trabalho, o EP Ori-gens será lançado em 11/06, às 18 horas, em todas as plataformas digitais.

O artista, que vem se destacando no cenário baiano, começou na música aos 13 anos, na Filarmônica Euterpe Cruzalmense, estudando trompete sob a regência do Maestro Erasmo Elias, seu tio. “A música foi um divisor de águas em minha vida, enquanto homem negro oriundo das palafitas (alagados) de Salvador”.

Na música independente produzida em Salvador, Ras Elias chega em 2009, participando de bandas/grupos como: Daganja Mc, Dubstéreo, Bemba Trio, Sistema Kalakuta, Os Agentes e Clube do Ragga, o que lhe rendeu apresentações na Virada Cultural de São Paulo e no Festival Elemento em Movimento, em Brasília. Foi finalista do Festival Tim de Música Ilimitada e do Festival Bolsa Skol, além de ter se apresentado em diversos carnavais da capital baiana. Em sua trajetória, já dividiu palco com grandes artistas, os quais ele tem muita admiração.

Em 2017, Ras Elias estreia sua carreira solo com o lançamento do videoclipe de “Todos os Santos”, gravado numa versão Rap-Rock, com produção dele mesmo e de Jalon Oliveira, em parceria com o Apa Studio, música que ganha nova roupagem neste novo trabalho. Além disso, já lançou os videoclipes de “Bruxa 75” e “Tempo de Amor”.

O EP Ori-gens agrega ritmos africanos e afrodiaspóricos e mistura Hip-Hop-Jazz, Samba, Reggae, Bahia Bass, Pagode e R&B, entre outros gêneros, somados ao som orgânico instrumental, enquanto que as composições versam sobre desigualdades, resistências, afetos e ancestralidade negra. Para o artista: “Este novo trabalho reúne gêneros historicamente criminalizados e que até hoje carregam estigmas, exatamente por serem da cultura negra, como ocorre com o samba, o rap e o pagode, por exemplo”.

Em Ori-gens, Ras Elias conta com instrumentais de Pacific, DJ Raiz, Aquahertz, Marcus Chagas e Larápio, além das participações dos músicos: Nilton Azevedo (sax), Gilmar Chaves (trombone), Rudney Machado (trompete), Ismael Damasceno (sax), o próprio Ras Elias (flughorn), Vinicius Magalhães (percussão), Marcus Chagas (guitarra e baixo), Guto Louvores (teclado), Léo Sena (baixo e violão) e Felipe Reis (cavaquinho).

A produção musical fica por conta de Ras Elias e Adailton P. Amorim, a mixagem e a masterização são de Adailton P. Amorim e Natan Bispo. Somam na equipe Taliane Oliveira (produção executiva), Petry Lordelo (fotografia) e Michele Nascimento (direção de arte e designer).

“Ori-gens retrata a ancestralidade negra, nossas alegrias e dores, cultura e espiritualidade, estratégias de sobrevivência e autoestima. Pra mim, é uma oportunidade de falar também de novas possibilidades e conquistas”, pontua o artista.

O projeto é uma realização da Encruzilhada Arte-Produções em parceria com o Apa Studio e tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

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