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O amor de Yansã e Sàngô é inspiração para o álbum Epa Rei
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Ter, 22 de Fevereiro de 2022 04:56

Brunno_de_Jesus_Foto_Fabricio_RochaQuem não gosta de uma música romântica, inspirada em um grande amor? O cantor e compositor baiano Brunno de Jesus traz essa proposta no seu primeiro álbum, chamado Epa Rei.

A inspiração do compositor não vem de qualquer tipo de amor. Nesse caso, é algo bem mais forte e poderoso. O trabalho traz elementos do candomblé e da cultura iorubá, livremente inspirado no amor de Yansã e Sàngô, divindades dos raios e da justiça.
O álbum é bastante versátil e nasce da necessidade de convocar a paixão, a paquera, o dengo nas relações afetivas e os vários modos de amar em seus desafios cotidianos.

A música e a espiritualidade dão o tom do álbum numa paisagem afetiva sonora entre poesia, toques de candomblé, sambas e baladas percussivas.

O álbum será lançado no dia 9 de março. A data foi escolhida porque quarta-feira é dia de Sàngo e Yansã.

Com 7 faixas inéditas e autorais, o single “Epa Rei” conta com a participação da cantora valenciana Raina Santos. A canção “Quiabo” é uma balada romântica percussiva. Já a canção “Preto te quero” tem a participação de Iana Marucha, cantora do Ilê Aiyê. O repertório ainda tem a parceria do cantor baiano Aleff Bernardes, com a música “Amor e Axé”, e a poesia do escritor Fernando Gonzaga na faixa “ Sonho de meninos pretos”. Outra música inédita é “Preta (minha preta) ”, que tem o arranjo de cavaquinho do músico sambista Luciano Santos. Os arranjos de percussão do músico Lucas de Gal.

Para que o álbum seja um sucesso há muitos profissionais envolvidos, sendo que a produção musical é de Marcelo Santana. Toda gravação foi realizada na Aquahetz Studio, em Salvador. Mas não acaba por aí. Todas as músicas têm clipes assinados por Fabrício Rocha, com assistência de Diognes Neghet (outsider Fotografia) e participação dos bailarinos Fred Lopes, Marcus Santos, Paula Marinho, Talita Melo e Wania Sousa, gravado no Espaço Cultural Ibí, no centro histórico. Conta com micro séries, com roteiro do artista Bruno Novais e figurino de Uz Cavalcante. Epa Rei é uma produção fonográfica da Òyó Núcleo de Artes.

“Para mim esse álbum é como uma faísca de emoções. Por eu ser uma pessoa teimosa, entendo a arte como um modo de viver, é intenso, desafiador e excitante. Sou um homem negro, nascido na periferia, isso diz muito de minhas inquietações e como as imagens sonoras afetivas tomam o meu corpo”, diz Brunno de Jesus

O álbum tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.



Quem é o compositor Brunno de Jesus?



Brunno de Jesus é um artista negro da cidade de Salvador, apaixonado por música desde criança. A veia artística era tão grande que ele se imaginava no palco cantando para milhões de pessoas. Essa era a sua brincadeira de criança.

Desde criança batucava em latas de tinta, garrafas de vidro, além de cantar no quintal de sua casa. Sempre acompanhou seu pai nas serestas do bairro onde morava. E como todo baiano que se preze, não perdia um carnaval. Costumava ir com o pai aos desfiles dos blocos afros como Ilê Aiyê, Olodum, Os Negões, além de acompanhar a banda Timbalada e É o Tchan.

Quando adulto, os caminhos de Brunno o levaram para a dança. Ele estudou e se tornou bailarino, coreógrafo, cantor e compositor brasileiro.

Premiação em festival

Em 2014, a composição “Identifique-se”, uma parceria com o cantor feirense Jeferson Akenaton, ficou em 2° lugar no Festival de Música Vozes da Terra.

No ano seguinte lançou seu primeiro single autoral “Jogo bola”.  Pesquisador das culturas negras e periféricas, Brunno de Jesus fez mestrado, especialização e doutorado em dança pela Universidade Federal da Bahia.

Ele também foi professor substituto no curso de dança na UFBA, passando todo o seu conhecimento para centenas de alunos. Em 2021, o coreógrafo, compositor e cantor recebeu o Prêmio Nacional Leda Maria Martins, na categoria Ancestralidade pelo espetáculo DI-QUEBRADA.

Ele também idealizou o EPA! Encontro Periférico de Artes, realizado entre 2017 a 2021. Dirigiu o documentário RAIMUNDOS: Mestre King e as Figuras Masculinas da Dança na Bahia. O doc conta a história do primeiro homem e negro a graduar em dança na América Latina. Recentemente participou como intérprete da música “Quando o Muzenza passar” de autoria de Ney Baiano e Yure Cajazeiras no 36º Festival de Música Samba Reggae do Bloco Afro-Muzenza.


MAIS INFORMAÇÕES

O que é? Álbum Epa Rei.

Quando será? dia 9 de março (quarta-feira)

Estará disponível em todas as plataformas digitais

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