Abaixo reproduzo o discurso do Lula para Davos, lido pelo Amorim. Há partes
que emocionam. O discurso que o presidente Lula não leu em Davos (mas que foi lido pelo
chanceler Celso Amorim), conforme reprodução do Vermelho:
Abaixo reproduzo o discurso do Lula para Davos, lido pelo Amorim. Há partes
que emocionam. O discurso que o presidente Lula não leu em Davos (mas que foi lido pelo
chanceler Celso Amorim), conforme reprodução do Vermelho:
Todo esse esforço que tem sido visto de alguns meses para cá de alguns
veículos de mídia demonstrarem isenção foi posto no lixo com a
minimização ou até ocultação escandalosas que acabamos de ver contra a
pesquisa Vox Populi sobre a sucessão presidencial.
O baiano é pontual. Nosso problema, às vezes, são as circunstâncias,
nossos diversos arranjos celestiais, que favorecem negociações
surpreendentes com o tempo e com os outros. Resolvi, por exemplo,
escrever sobre o tema e logo, dadas as tais circunstâncias, adiei esta
coluna por uma semana, como se estivesse a defender alguma tese
estranha ou difícil.
Além do peso estratégico do Chile, o que há de emblemático
na vitória de Piñera é o caráter da coligação triunfante, ironicamente chamada
de Coalizão pela Mudança. Pela primeira vez retornam ao poder forças políticas
que deram sustentação direta às ditaduras militares da América do Sul. Não é
pouca coisa, definitivamente. Tampouco trata-se de fato isolado. Se analisarmos
a cadeia de acontecimentos que marcou o ano passado, encontraremos pistas
evidentes de uma contra-ofensiva da direita latino-americana. O artigo é de
Breno Altman.
Além do peso estratégico do Chile, o que há de emblemático na vitória de Piñera é o caráter da coligação triunfante, ironicamente chamada de Coalizão pela Mudança. Pela primeira vez retornam ao poder forças políticas que deram sustentação direta às ditaduras militares da América do Sul. Não é pouca coisa, definitivamente. Tampouco trata-se de fato isolado. Se analisarmos a cadeia de acontecimentos que marcou o ano passado, encontraremos pistas evidentes de uma contra-ofensiva da direita latino-americana. O artigo é de Breno Altman.
Colômbia com mais sete bases militares.
Honduras sob um golpe militar legitimado por uma eleição sem legalidade. A
Quarta Frota reativada em 1° de julho de 2008 -depois de mais de 50 anos
desativada- e cuja função é patrulhar o Atlântico Sul. E agora o processo
crescente de militarização da ajuda humanitária no Haiti.
Colômbia com mais sete bases militares.
Honduras sob um golpe militar legitimado por uma eleição sem legalidade. A
Quarta Frota reativada em 1° de julho de 2008 -depois de mais de 50 anos
desativada- e cuja função é patrulhar o Atlântico Sul. E agora o processo
crescente de militarização da ajuda humanitária no Haiti.
Em 1930 Sigmund Freud escreveu seu famoso livro "O mal-estar na cultura"e já na primeira linha denunciava: "no lugar dos valores da vida se preferiu o poder, o sucesso e a riqueza, buscados por si mesmos". Hoje tais fatores ganharam tal magnitude que o mal-estar se transformou em miséria na cultura. A COP-15 em Copenhague trouxe a mais cabal demonstração: para salvar o sistema do lucro e dos interesses econômicos nacionais não se teme pôr em risco o futuro da vida e do equilíbrio do planeta já sob o aquecimento que, se não for rapidamente enfrentado, poderá dizimar milhões de pessoas e liquidar grande parte da biodiversidade.
Em 1930 Sigmund Freud escreveu seu famoso livro "O mal-estar na cultura"e já na primeira linha denunciava: "no lugar dos valores da vida se preferiu o poder, o sucesso e a riqueza, buscados por si mesmos". Hoje tais fatores ganharam tal magnitude que o mal-estar se transformou em miséria na cultura. A COP-15 em Copenhague trouxe a mais cabal demonstração: para salvar o sistema do lucro e dos interesses econômicos nacionais não se teme pôr em risco o futuro da vida e do equilíbrio do planeta já sob o aquecimento que, se não for rapidamente enfrentado, poderá dizimar milhões de pessoas e liquidar grande parte da biodiversidade.
A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e
doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi
assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de
haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente
Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a
história do Haiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto.