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Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut inicia nova temporada
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Sex, 21 de Agosto de 2020 14:16

Nana_Adusei-Poku_Foto_divulgaoDepois de ter experimentado sua mais recente temporada numa prática a distância devido às normas de distanciamento social impostas pela pandemia da Covid-19, com quatro residentes atuando online em interação com a Bahia a partir de seus países de moradia, o Goethe-Institut Salvador-Bahia agora vai receber oito artistas numa residência híbrida no seu Programa de Residência Artística Vila Sul, com a presença digital e física dos acolhidos. O grupo inicia as atividades neste mês de agosto, seguindo até outubro, com a participação da artista multimídia e musicista experimental Alexandra Rodríguez (Venezuela/Canadá), da artista visual Iris Helena (Brasil), do dançarino João dos Santos Martins (Portugal), do artista multidisciplinar Mario Pfeifer (Alemanha), da pesquisadora, curadora e professora Nana Adusei-Poku (Alemanha), do artista visual No Martins (Brasil), do artista visual Rafael BQueer (Brasil) e da cantora evangelista, compositora, escritora e artista visual Ventura Profana (Brasil).

Oficialmente inaugurada em novembro de 2016, a Vila Sul é a terceira residência artística no âmbito geral das 159 unidades do Goethe-Institut existentes no planeta, e primeira e única da rede no “sul global”, abaixo da Linha do Equador. A sua proposta é fortalecer interlocuções entre o Brasil e demais países do hemisfério Sul a partir da presença de artistas de todo o mundo, genuinamente interessados em perspectivas sociopolíticas e culturais desta metade do planeta. Entre 2016 e 2019, 90 artistas e agentes culturais já experimentaram esta oportunidade.

Alexandra Rodríguez (Culturalex) é artista multimídia, educadora e curadora, com base em Montreal. Nascida na Venezuela, ela viveu no Brasil, Suíça, México e Canadá. Essa formação multicultural, combinada ao seu amor pela natureza, folclore e cultura, frequentemente converge em criações que são reconhecidas pela sua vivacidade, diversidade e dimensões multisensoriais. Em 2015, criou a “Bio Electro Sounds”, uma instalação musical interativa que ela já apresentou ao redor do mundo. Alexandra também gosta de criar e fazer a curadoria de experiências e eventos nos quais disciplinas artísticas diferentes se encontram, como no “Festival de las Artes”, no Museu da Cidade de Tuxtla Gutiérrez (2016), e “Alegría”, um pop-up de arte e comida (Montreal, 2018). A artista também atua como educadora, ministrando oficinas em práticas criativas multidisciplinares. Alguns dos lugares onde ela já apresentou seu trabalho são a Food Art Week, em Berlim, o Museu da Cidade de Tuxtla Gutiérrez e o The Modern Fuel, centro gerido por artistas. Alexandra recebe bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para sua residência na Vila Sul do Goethe-Institut.

Iris Helena é uma artista multidisciplinar licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba, mestre em Poéticas Contemporâneas e doutoranda em Deslocamentos e Espacialidades em Arte Contemporânea pela Universidade de Brasília. Nascida em João Pessoa (PB), vive e trabalha em Brasília (DF). Sua pesquisa se caracteriza pela investigação crítica, filosófica, estética e poética da paisagem urbana a partir de uma abordagem dialógica entre a imagem da cidade e as superfícies/suportes escolhidos para materializá-la. Os suportes precários e ordinários são muitas vezes retirados de seu consumo cotidiano e possibilitam a (re)construção da memória atrelada ao risco, à instabilidade e, sobretudo, ao desejo do apagamento. Iris também é integrante do grupo de artistas pesquisadores VAGA-MUNDO: poéticas nômades, vinculados à Universidade de Brasília (CNPq). O grupo realiza residências e expedições pensando geopoética e poéticas da paisagem.

João dos Santos Martins, de Santarém, Portugal, é um artista que trabalha a partir e através da dança. A sua prática se distribui, geralmente, em múltiplas colaborações, experimentando entre formatos vários como a coreografia, a curadoria e a investigação. Criou peças juntamente com Min Kyoung Lee, Cyriaque Villemaux e Rita Natálio, e integrou recentemente trabalhos de Eszter Salamon, Xavier le Roy, Moriah Evans e Ana Rita Teodoro. Em 2017, organizou o ciclo Nova—Velha Dança, em reflexão sobre a história recente da dança em Portugal, onde, juntamente com Ana Bigotte Vieira, desenvolveu uma timeline para documentar coletivamente estas práticas. É fundador e editor do jornal Coreia, dedicado ao discurso das artes e dos artistas numa relação próxima com a dança.

Mario Pfeifer vive e trabalha entre Berlim e Dresden, na Alemanha. Seu trabalho explora estruturas e convenções de representação através de vídeo, filme e tecnologias digitais, em lugares que vão de Mumbai a Califórnia, passando pelo deserto do Atacama, o Bairro Brasileiro em Lagos e o Saara Ocidental. Ele concebe cada projeto a partir de uma situação cultural específica, pesquisa os contextos sociopolíticos e tece referências trans-culturais de história da arte, filmes, política e tecnologia, formando uma prática rica em camadas, que vai de filmes e instalações de vídeo até instalações de texto e fotografia. Mario participou da 10ª Bienal de Berlim (2018), da 11ª Bienal do Mercosul (2017), da 3ª Bienal de Montevidéu (2016), bem como da 4ª Bienal de Marraquexe (2012). Retrospectivas de sua obra ocorreram em 2016, no Museu de Arte Contemporânea de Leipzig GfZK, e em 2019, em The Power Plant Toronto. Em 2020, exposições individuais estão agendadas no Museu Folkwang, na Edith-Russ-Haus for Media Art e no Museu de Arte Contemporânea de Luxemburgo (MUDAM). Seus filmes já foram apresentados em festivais de cinema do mundo todo. Diversas monografias foram publicadas pelas editoras Sternberg Press e Spector Books. Seus trabalhos integram coleções públicas e particulares na Europa e na América do Norte, tais quais a do Getty Center Los Angeles, do MMK Museum für Modern Kunst Frankfurt am Main, do Staattliche Kunstsammlungen Dresden, bem como do Fotomuseum Winterthur.

Nana Adusei-Poku, PhD, é Orientadora Acadêmica Sênior e membro da Fundação Luma do Centro de Estudos Curatoriais e Arte Contemporânea (CCS-Bard) de Bard College. Anteriormente, ela foi professora convidada de História da Arte da Diáspora Africana em The Cooper Union, em Nova Iorque. Também ocupou a posição de professora pesquisadora em Culturas Visuais na Academia Willem de Kooning (2013-2017) e foi palestrante convidada na Universidade das Artes, Zurique, de 2012 a 2018. Seus artigos foram publicados em Nka – Journal of Contemporary African Art, eflux, Kunstforum International, Flashart!, L‘Internationale e Darkmatter, entre outras. Dentre seus trabalhos curatoriais, estão o evento “Performances of No-thingness”, na Academia de Artes de Berlim, em 2018, e o programa “Longing on a Large Scale”, juntamente com a exposição “Eucledian Gris Gris”, de Todd Gray, no Museu de Arte de Pomona College, em 2019-2020.

No Martins articula em sua produção artística as linguagens da pintura, performance e experimentação com objetos, nas quais investiga as relações interpessoais cotidianas, principalmente a convivência da população negra no cotidiano urbano, questionando conflitos sociais como o racismo, a mortalidade por violência e o super-encarceramento da população brasileira. Utiliza seu deslocamento na cidade como ferramenta de processo criativo. É encontrado com frequência em seu trabalho o que o próprio artista classifica como “signos sociais”, uma gama de representações de objetos, cenas e situações recorrentes na estrutura social brasileira. Entre suas exposições mais recentes, destacam-se as individuais: “Social signs”, na Jack Bell Gallery, em Londres – UK (2020); “Tudo sob controle”, no 29º Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP), em São Paulo – Brasil (2019); e “Aos que se foram, aos que aqui estão e aos que virão”, no Instituto Pretos Novos, Rio de Janeiro – Brasil (2019), além das mostras coletivas: “The discovery of what it means to be Brazilian”, na Mariane Ibrahim Gallery, Chicago – EUA (2020); 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc VideoBrasil, na qual recebeu o prêmio Sesc de Arte Contemporânea (2019); e “Histórias Afro-atlânticas”, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e Instituto Tomie Ohtake (ITO), São Paulo – Brasil (2018).

Rafael BQueer nasceu em Belém, Pará, e vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo. Graduou-se em Licenciatura e Bacharelado no curso de Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). As suas práticas performáticas partem de investigações sobre arte política, gênero, sexualidade, afrofuturismo, decolonialidade e interseccionalidades. Drag queen e ativista LGBTQI+, BQueer tem um trabalho que dialoga também com vídeo e fotografia, utilizando de sátiras do universo pop para construir críticas atentas às questões da contemporaneidade. Participou de diversas residências e exposições nacionais e internacionais, entre elas: Despina – RJ (2017); Red Bull Station – SP (2017); artista finalista do prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake – SP (2018); artista selecionado pela EAV Parque Lage para a bolsa de residência artística na AnnexB, em Nova York (2019); artista indicado para a 7ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça – SP (2019); artista premiado na 7ª edição do Prêmio Foco Art Rio (2019). Recentemente, realizou a exposição individual “UóHol”, no Museu de Arte do Rio (2020). Faz parte das coleções do Museu de Arte do Rio (MAR).

Ventura Profana é filha das entranhas misteriosas da mãe Bahia, donde artérias de águas vivas sustentam em fé, abundam. Profetiza multiplicação e abundante vida negra, indígena e travesti. Rompe a bruma: erótica, atômica, tomando vermelho como religião. Doutrinada em templos batistas, é pastora missionária, cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual, cuja prática está enraizada na pesquisa das implicações e metodologias do deuteronomismo no Brasil e no exterior, através da difusão das igrejas neo-pentecostais. O óleo de margaridas, jiboias e reginas desce possante pelas veredas até inundá-la em desejo: unção. Louva, como o cravar de um punhal lambido de cerol e ferrugem em corações fariseus.

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