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Tratamentos inovadores contribuem para a qualidade de vida dos idosos
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Qua, 29 de Setembro de 2021 00:16

idosos_feedAté 2025, o Brasil deve ser o sexto país do mundo em número de idosos, com um contingente superior a 30 milhões de pessoas. Hoje, o envelhecimento não é mais visto como sinônimo de perdas e incapacidade. apesar de ser um momento de mudança há um olhar mais positivo e individualizado, que leva em consideração o contexto, em que o idoso está inserido, seu estilo de vida, expectativas e sonhos.

A psicóloga Raíssa Silveira aponta que o aumento da expectativa de vida faz com que as pessoas vivenciem de forma mais intensa mudanças que ocorrem naturalmente com a passagem do tempo, tanto no corpo, quanto nos laços sociais e afetivos, e em seu modo de estar no mundo.

“O processo de envelhecimento sentencia ao sujeito o encontro com um corpo que se modifica à sua revelia e provoca transformações na imagem, na sexualidade, na autonomia, no poder decisório, no sentimento de vitalidade, na habilidade cognitiva, no laço social e traz proximidade com o fim da vida. Portanto, tais fatores podem trazer efeitos na saúde física e mental, podendo alterar a autonomia e qualidade de vida do indivíduo”, coloca Raíssa.

Em uma perspectiva do funcionamento cognitivo, doenças neurodegenerativas (principalmente as demências), são cada vez mais experenciados pelos idosos, tornando necessário novos métodos de oferta de cuidado com estruturas criativas, inovadoras e propostas de ações diferenciadas.

Estudos têm revelado que um estilo de vida cognitivamente engajado pode ter um efeito protetor para demência, o que indica a importância da intervenção cognitiva, uma das possibilidades promissoras para essa prevenção.

Outras ações capazes de criar fatores e condições favoráveis para o envelhecimento saudável e ativo, além de uma contribuição expressiva na saúde mental do indivíduo, são: alimentação saudável, socialização, realização de atividade física, rotina estruturada, engajamento em atividades de vida diária, dentre outros.

“São diversas abordagens terapêuticas com intervenções farmacológicas e não farmacológicas, que vem apresentando dados promissores na melhora do funcionamento cognitivo e global do idoso, aponta a gerontóloga e terapeuta ocupacional Michelle Campos.

Ela indica que as alterações na cognição, comuns com o avanço da idade, podem ser causa de muitos problemas e até da perda de autonomia, por isso é importante que o tratamento de idosos com esse quadro busque preservar o máximo de sua funcionalidade.

A estimulação cognitiva ao atuar em funções como memória, atenção, linguagem, raciocínio, funções executivas, orientação no tempo e espaço, pode contribuir retardando a evolução de quadros demenciais”, complementa.

Os desafios da pandemia

Michelle aponta que a pandemia de Covid-19 e a necessidade de isolamento social trouxe desafios e consequências que precisaram ser observadas e superadas para a manutenção da saúde dos idosos.

Houve um aumento expressivo de queixas de falha de memória, de desorientação no tempo e espaço, dispersão, baixa produtividade, ansiedade, alterações de humor e de comportamento. A falta de estímulos e de socialização alteraram a qualidade de vida e autonomia desses sujeitos, segundo observa a gerontóloga.

“A estimulação cognitiva já era uma realidade de tratamento para pacientes com declínio cognitivo. Porém, no mundo anterior à pandemia, o tratamento era feito, essencialmente, de forma presencial. Uma vez que esse formato deixa de ser uma alternativa, os profissionais foram convocados a pensarem em novos modos de manter esse público assistido, e o on-line foi uma aposta interessante, amenizando a distância e garantindo a continuidade ou o início do tratamento”, relata Michelle.

Os desafios não foram poucos, indo desde a dificuldade de alguns idosos com a tecnologia, até a necessidade de contornar perdas auditivas, visuais e motoras, além de problemas ambientais.

“Contudo, tem sido surpreendente perceber que, mesmo com todas as adversidades, os idosos se engajaram a essa modalidade de tratamento, e isso só foi possível e efetivo pela confiança e vínculo estabelecido entre terapeuta e paciente. A insatisfação com a falta de socialização e o medo de perder a sua funcionalidade, em alguma medida, também contribuíram para que esses indivíduos topassem essa nova empreitada”, relata.

De olho na saúde mental

Os transtornos mentais são bastantes comuns nos idosos e dados indicam que entre 12,5% e 33% da população com mais 60 anos sofre com algum deles. Os mais comuns são a depressão, as demências e os transtornos de ansiedade.

O psiquiatra e psicogeriatra André Gordilho alerta que as perdas naturais que o tempo acarretam no idoso tornam esse indivíduo mais vulnerável a quadros associados à saúde mental. Além disso, doenças que costumam ser facilmente tratadas em pessoas mais jovens, como infecção urinária ou alterações hormonais, podem gerar quadros com sintomas delirantes ou até psicóticos na terceira idade.

“Fazer o diagnóstico de um transtorno mental nos idosos pode ser bastante desafiador, pois os sintomas muitas vezes não são típicos. Um exemplo é a depressão, que normalmente se manifesta com desânimo e perda do prazer, mas, no idoso ela pode acarretar, perda de memória, isolamento e reclamações constantes, saindo do quadro típico”, sinaliza o psiquiatra.

Isso exige dos profissionais uma avaliação detalhada e atenciosa, com um olhar que abranja a saúde global do paciente para um diagnóstico e tratamento que proporcione mais qualidade de vida.

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