O tom ameaçador das reações dos comandantes militares ao avanço da CPI da Covid pode ter surtido efeito no Palácio do Planalto, mas não tirou da frente uma questão que nenhuma

O Garganta Rasa volta a ameaçar, acuado, denunciado, em queda vigorosa nas pesquisas, cada vez mais isolado no Brasil, cada vez mais pária no mundo civilizado.

Há entre nós uma dificuldade de se tratar as coisas pelo nome que elas têm. O que o ministro da Defesa e seus três comandantes – ou seriam mosqueteiros? – fizeram nesta semana foi nos colocar sob chantagem.

Apesar do frio que chegou a vários estados essa semana, o clima político esquentou em Brasília. A pressão cresce contra o presidente Jair Bolsonaro. Uma ampla aliança foi formada para apresentar o superpedido de impeachment nesta quarta-feira (30).

Generais, brigadeiros e almirantes deveriam ser os primeiros a querer esclarecer as gravíssimas denúncias de corrupção, reveladas pela CPI da Covid, que batem à porta de Bolsonaro e de uma penca de fardados. Mas o que estamos vendo é bem o contrário.

O que me espanta, nos dias de hoje, é que a ilusão de classe –termo muito usado na esquerda para definir um certo tipo de alienação típica de quem esquece a natureza das classes sociais– continue a dominar nossas elites empresariais e seus arautos, analistas e mesmo economistas.

A Argélia hoje apresenta ao mundo um rosto fechado e desconfiado. Embora seu estado revolucionário tenha sobrevivido às tumultuosas rupturas do final do século XX, atormentado por conflitos de fronteiras, insurgências islâmicas e, mais recentemente, uma intensificação de protestos de massas.

Longe de refletir apoio dos grandes meios de comunicação,  que jamais reconheceram seus méritos como homem público, as pesquisas eleitorais de 2021  traduzem a experiência concreta da maioria da população com os governos que Lula liderou e inspirou.

Acreditam que se continuarem segurando Assange nessa condição de morto-vivo, aos poucos nós nos esqueceremos dele. É nosso dever provar que eles estão errados.

Pretendo neste pequeno e novo ensaio, contar a história recente da República Islâmica do Irã, tendo como linha de corte o episódio do golpe contra Mossadeh em 1953. Relatarei o movimento amplo que uniu forças de esquerda e os muçulmanos para derrubar uma