Psicólogo descreve a influência do lúdico no desenvolvimento infantil |
Seg, 09 de Novembro de 2020 15:52 | |||
Uma pesquisa recente da University of Wisconsin–Madison (EUA) constatou que o estímulo às brincadeiras impacta diretamente no cérebro das crianças. Segundo o instituto norte-americano, os pequenos que ficaram excluídos da recreação apresentaram o tamanho da “amígdala” e “hipocampo” reduzidos?—?regiões do cérebro responsáveis pelas reações emocionais e memória, respectivamente. O estudo serviu de alerta para os pais sobre o impacto do lúdico no desenvolvimento infantil. Segundo a pesquisa “Valor do Brincar Livre”, 87% das famílias brasileiras acreditam que as crianças não brincam tanto quanto deveriam. Ainda conforme o levantamento, 98% dos pais afirmam que as brincadeiras permitem que as crianças se tornem adultos melhores. Para o psicólogo clínico e fundador do “Viver?—?Instituto de Habilidades para Vida”, Bruno César Sousa, as brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento infantil, sobretudo entre o período de 0 a 7 anos. Ferramenta de desenvolvimento físico, cognitivo, criativo e emocional, o profissional explica que é através da brincadeira que a criança desenvolve a percepção pessoal e exterior, conhecendo formas, sensações e adaptando-se a interações sociais com regras e consequências. “Além de moldar a personalidade, a brincadeira auxilia na capacidade de aprendizagem e sociabilidade do ser humano. Com jogos de regras, por exemplo, é possível desenvolver interações sociais nas crianças, enquanto aprendem a respeitar regras e usar táticas saudáveis”, explica Bruno, que em seguida complementa “Os jogos ainda apresentam às crianças estratégias para lidarem com sentimentos como frustração, raiva ou alegria. O desenvolvimento dessas habilidades, estímulo criativo e manejo das emoções resultará em um adulto completo para a vida pessoal e o mercado de trabalho”, afirma. BRINCADEIRAS POR IDADE A frente do “Instituto Viver”, o psicólogo elucida que a família (pais e responsáveis) é fundamental na primeira fase das brincadeiras?—?entre 0 a 2 anos. Auxiliando pais de primeira viagem, o profissional explica que a fase das “brincadeiras sensório-motoras” deve ser marcada por sons, cheiros, toques, objetos e primeiros movimentos corporais. Bruno orienta os pais a prover um ambiente seguro e com multiplicidade de estímulos, desafiando os movimentos e sentidos do bebê nos primeiros anos. Após o período sensorial, o especialista explica que tem início a fase do “faz de conta” —?entre 2 a 6 anos?—, marcada pelo imaginário infantil, sendo essencial jogos simbólicos e dramatizações familiares. “Já dos sete anos em diante, as crianças podem participam ativamente de jogos e brincadeiras que trabalhem regras mais refinadas. Os responsáveis devem estar juntos, compartilhando momentos de jogos, explicando regras e desenvolvendo múltiplas alternativas para a competição que surge nesse momento. Para cada fase, a brincadeira muda e o potencial de desenvoltura infantil crescem. Negar esse tipo de experiência para uma criança, significará posteriormente em um adulto despreparado para situações pessoais e profissionais”, conclui. Para mais informações sobre o Instituto Viver, acesse www.habilidadesparavida.com.br ou a página do Instagram @habilidadesparavida.
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